Edson Félix dos Santos, que manteve a ex-mulher Carla Viana refém por cerca de 37 horas, disse que tinha ciúmes e queria continuar o relacionamento, contra a vontade dela. Edson a procurou na terça-feira em sua casa em Osasco para conversar. Ela teria consentido que o ex-marido entrasse e depois disso iniciou-se uma discussão. Edson estava armado com um revólver calibre 38 e disse que não queria voltar para a cadeia.

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Uma amiga de Carla que estava na casa com uma criança foi colocada para fora pelo detento e o cárcere privado começou. Foi a própria amiga quem chamou a polícia, que cercou a casa e iniciou as negociações para que ele se rendesse. Durante as 37 horas do seqüestro, mais de 300 pessoas acompanharam o drama.

Segundo o delegado seccional de Osasco, Silvio Balangio, Edson está sendo autuado por seqüestro, cárcere privado e porte de arma. O delegado disse que Edson negou a intenção de seqüestrar Carla. No entanto, trancou portas e bateu pregos, caracterizando cárcere privado. O seqüestro terminou na madrugada desta quinta-feira, depois que Edson cochilou e Carla conseguiu fugir.

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Ele cumpria pena no presídio de Valparaíso por porte de arma ilegal e assalto. O detento recebeu liberdade temporária no final de ano para passar as festas com a família. Em depoimento, Edson contou ao delegado que teve relações sexuais com Carla durante o seqüestro. A polícia já pediu um exame para comprovar o episódio. Ela nega.

Ao delegado, Carla afirmou que não foi agredida pelo ex-marido. Ela também disse que ele estava calmo e que falou com familiares, inclusive a filha, durante o seqüestro. O delegado acredita que Carla esteja protegendo o ex-marido por medo, já que ambos viveram muito tempo juntos.

Nos depoimentos, nenhum dos dois teria admitido discussão em relação à vingança. Havia a informação de que carla o havia denunciado por roubo. Edson disse que usava arma porque queria se defender de um homem que atirou nele um ano atrás em Osasco.

O depoimento de ambos durou cinco horas em Osasco. Edson será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Osasco e Carla fará exames no Instituto Médico Legal da cidade.