O Palácio Iguaçu continua fechado e sem previsão de data para uma reabertura. A sede oficial do governo do estado, no Centro Cívico de Curitiba, chegou a ser "reinaugurada" em dezembro do ano passado, pelo então governador Orlando Pessuti (PMDB) com direito a uma festa paga pela Caixa Econômica e pelo Banco do Brasil. No entanto, passados exatos dez meses, o Iguaçu ainda está em reforma.
Desde que foi fechado em 2007, o prédio passou por obras que custaram mais de R$ 32 milhões. O orçamento inicial previa o gasto de R$ 23,5 milhões o aumento, até aqui, foi de 36% em relação ao valor original. A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, responsável pela reforma, informou que a parte principal das obras de restauração está concluída. De acordo com a secretaria, falta apenas finalizar a Casa da Guarda e o anexo onde funcionará o almoxarifado, o que deve acontecer neste mês.
Enquanto os governantes não ocupam novamente o espaço, o Palácio, vazio, se transformou momentaneamente em uma pista de manobras para skatistas. O estacionamento do Iguaçu, que não está sendo usado por carros, virou ponto de encontro da juventude mesmo durante os dias da semana.
Licitações
O principal entrave para que o Palácio volte a abrigar a sede do governo é a realização das licitações para compra e instalação dos móveis internos e da rede de telefonia. De acordo com a assessoria do governo, a licitação do mobiliário já está pronta e a instalação deve ocorrer dentro de 30 dias. No caso da rede de telefonia, a Casa Civil informou que ainda precisa fazer "alguns ajustes" antes de lançar o edital.
Como as licitações ainda não foram finalizadas, não se sabe qual será o custo final da reforma do Palácio. Uma empresa especializada foi contratada, com dispensa de licitação, para fazer o serviço de restauração de objetos históricos a um custo de R$ 159 mil. Fontes do governo estimam que para mobiliar todo o Palácio o governo deve gastar cerca de R$ 900 mil.
No dia em que ficar pronto, o Palácio Iguaçu vai acomodar o gabinete do governador, as Casas Civil e Militar, o Cerimonial e parte do setor de comunicação social do governo. A sede do governo vai abrigar um total de 450 servidores.
Polêmica
Desde que a reforma do Palácio Iguaçu começou, no início do ano passado, arquitetos e entidades ligadas à defesa do patrimônio histórico acusaram o governo de ter descaracterizado as características originais do imóvel construído na década de 50. A última intervenção polêmica aconteceu no mês passado, quando o mural concebido pelo artista plástico Poty Lazzarotto em concreto aparente e que fica na parede frontal do Palácio foi pintado de cinza.
O foco de maior discórdia foi a troca dos vidros na fachada do edifício. Os antigos eram transparentes. Na reforma, foram substituídos por modelos de tom esverdeado.
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