Prós e contras
Veja quais são alguns dos argumentos dos dois lados para decidir a eleição interna do PT:
Pela aliança
- O PT não teria um candidato com chances para apresentar.
- A eleição de um aliado faciliataria a eleição de um possível governador petista em 2014, e fortaleceria o partido na cidade.
- O PDT é um partido aliado importante.
- As desavenças com Gustavo Fruet na época em que ele estava no PSDB teriam sido meramente pontuais.
Pela candidatura própria
- O partido precisa de candidatura para se fortalecer.
- Nas últimas três eleições, o partido ficou em segundo lugar, mostrando ter candidatos fortes.
- A eleição em dois turnos possibilita fazer coligações, caso o candidato do partido não vá bem no primeiro turno.
- O partido teve sérios confrontos com Gustavo Fruet quando ele estava no PSDB e o eleitor não entenderia a coligação.
Como funciona a eleição
- Os militantes do partido vão neste domingo às urnas. Há 2,6 mil pessoas aptas a votar.
- Serão escolhidos 300 delegados para um encontro no fim do mês.
- Há duas chapas, uma a favor da coligação e uma contra. A chapa que tiver mais votos poderá indica mais delegados.
A primeira votação realmente relevante da eleição curitibana de 2012 acontece neste domingo, em 10 urnas espalhadas pela cidade. Os militantes do PT decidirão se o partido deve lançar candidatura própria ou se apoiam desde o primeiro turno a campanha do ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT). Nenhum dos dois grupos acredita em vitória fácil.
Em princípio, o grupo a favor da candidatura de Fruet parece mais forte. Primeiro, porque os dois principais nomes do PT curitibano tomaram esse partido: a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e seu marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Em segundo lugar, a chapa inscrita pelo grupo tem 1,2 mil inscritos: quase metade dos 2,6 mil militantes com direito a voto.
Mesmo assim, a disputa é considerada apertada. "Temos consciência que para muita gente dentro do PT é difícil entender a importância de fazer uma aliança no primeiro turno, já que temos a tradição de lançar candidatura própria", afirma o deputado federal Angelo Vanhoni, um dos defensdores do apoio a Gustavo Fruet.
Pré-candidatos
Entre os defensores da candidatura própria, também não se encontra quem arrisque antecipar o resultado das urnas. "O que sabemos é que não vai ser 70% a 30% para um dos lados, como chegou a ser dito. O lado que ganhar vai ganhar por muito pouco", afirma o deputado estadual Tadeu Veneri, um dos pré-candidatos do PT à prefeitura.
Veneri uniu forças com o outro pré-candidato, o deputado federal Dr. Rosinha, para tentar garantir a vitória neste primeiro momento. Caso a dupla saia vitoriosa, será necessário mais tarde escolher qual dos dois representaria o partido. Rosinha disputou a eleição municipal em 1992, e foi derrotado por Rafael Greca. Veneri tentou a candidatura em 2008, mas perdeu as prévias para Gleisi Hoffmann. Juntos, os dois inscreveram uma chapa com 682 adeptos.
Funcionamento
A eleição deste domingo determinará quem serão os delegados de um encontro no fim do mês que definirá o caminho a ser tomado pelo PT. Pela regra, o número de delegados que cada chapa poderá indicar depende dos votos obtidos neste fim de semana. Se uma chapa tiver 60% dos votos, por exemplo, escolherá 180 dos 300 delegados do encontro.
A convenção do partido, em junho, deve apenas reafirmar a posição determinada pelo encontro municipal. Caso se decida pela candidatura própria, a convenção também será usada para escolher quem será o candidato e quais as outras alianças a serem fechadas.
Negociações
Apoio de petistas é vital para viabilizar candidato do PDT
O ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT) precisa do apoio do PT para aumentar o tempo de tevê de sua campanha, ganhar apoios e ampliar a militância em torno de sua candidatura. Embora seja considerado um candidato forte, ele tem uma estrutura menor do que a de alguns de seus prováveis adversários na campanha, especialmente o atual prefeito Luciano Ducci (PSB).
Fruet afirma que não está tentando influenciar neste momento a decisão do PT sobre o apoio a sua candidatura. "Minha relação com o PT tem sido institucional. Não seria correto neste momento tentar influenciar um processo interno."
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