Os presídios têm de deixar de ser escola para o crime e qualquer mudança deve passar pela abertura de um diálogo com os detentos. Este diálogo, no entanto, não pode ser confundido com transigência com líderes do crime organizado. A opinião é do superintendente do Instituto Sou da Paz, Roberto Belintani, que defende a abertura de um processo de discussão entre a sociedade civil e o governo para mudanças no sistema penitenciário.
- Dialogar não é transigir e não deve ser feito em momento de crise - diz ele.
Belintani afirmou que a sociedade já não pode delegar os problemas ao poder público, que não tem mais capacidade para resolver sozinho questões como a de violência.
- Colocar mais dinheiro não adianta. É preciso medidas para reprimir, mas também para transformar e prevenir a violência. Parece óbvio que o alto nível de exclusão social precisa ser reduzido - afirmou.
Entre as mudanças no setor de presídios está a criação de mecanismos que tornem os detentos produtivos e capazes de 'pagar' com trabalho sua permanência no sistema penitenciário.
Nesta terça-feira, o Instituto Sou da Paz convidou a cidade de São Paulo para assumir os debates do fórum de segurança dos municípios da Grande São Paulo. O prefeito Gilberto Kassab assumiu.
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