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Cármen Lúcia, presidente do STF | Carlos Humberto/SCO/STF
Cármen Lúcia, presidente do STF| Foto: Carlos Humberto/SCO/STF

A atitude da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, de recusar encontro com os presidentes dos demais poderes, convocado por Michel Temer para esta quarta-feira (26), demonstra bem o quanto ela está disposta a inovar no comando da instituição.

Ainda que já estivesse com a agenda cheia, era esperado que Cármen desmarcasse algum compromisso para atender ao convite do presidente da República. Não foi o que aconteceu. A nova comandante do Judiciário, no cargo há pouco mais de um mês, assumiu com a intenção de reduzir gastos, diminuir o corporativismo, atacar a corrupção e dar prioridade aos temas de interesse das pessoas comuns.

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A deferência com que trata os cidadãos foi ressaltada na solenidade de posse, quando pediu licença para cumprimentar em primeiro lugar o povo, e não o presidente Michel Temer, presente no recinto. Não é afeita a reuniões fechadas e secretas com integrantes do poder, algo comumente feito por antecessores no comando do STF. Divulga sempre sua agenda e é pontual.

A luta de Cármen Lúcia contra a impunidade e a corrupção foram evidenciadas recentemente. Foi dela o voto decisivo que confirma a prisão de condenado em segunda instância, mesmo com possibilidade de recurso aos tribunais superiores. Em novembro de 2015, no julgamento da prisão do ex-senador Delcídio do Amaral, foi enfática: “O crime não vencerá a Justiça.”

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