A atitude da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, de recusar encontro com os presidentes dos demais poderes, convocado por Michel Temer para esta quarta-feira (26), demonstra bem o quanto ela está disposta a inovar no comando da instituição.
Ainda que já estivesse com a agenda cheia, era esperado que Cármen desmarcasse algum compromisso para atender ao convite do presidente da República. Não foi o que aconteceu. A nova comandante do Judiciário, no cargo há pouco mais de um mês, assumiu com a intenção de reduzir gastos, diminuir o corporativismo, atacar a corrupção e dar prioridade aos temas de interesse das pessoas comuns.
Perfil: Cármen Lúcia, a combativa entra em cena
Leia a matéria completaA deferência com que trata os cidadãos foi ressaltada na solenidade de posse, quando pediu licença para cumprimentar em primeiro lugar o povo, e não o presidente Michel Temer, presente no recinto. Não é afeita a reuniões fechadas e secretas com integrantes do poder, algo comumente feito por antecessores no comando do STF. Divulga sempre sua agenda e é pontual.
A luta de Cármen Lúcia contra a impunidade e a corrupção foram evidenciadas recentemente. Foi dela o voto decisivo que confirma a prisão de condenado em segunda instância, mesmo com possibilidade de recurso aos tribunais superiores. Em novembro de 2015, no julgamento da prisão do ex-senador Delcídio do Amaral, foi enfática: “O crime não vencerá a Justiça.”
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Deixe sua opinião