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Multiplicam-se as convocações para reuniões fechadas em todo o país, nesta semana, entre dirigentes de movimentos sociais, intelectuais, bispos católicos e líderes de partidos de esquerda. É para avaliar os desdobramentos do frustrante discurso de Lula na última sexta-feira.

Risco de confronto – Os encontros têm convites pessoais e intransferíveis distribuídos por líderes da igreja, MST, PCdoB e PT. Teme-se que o impeachment seja usado para debilitar os movimentos sociais.

Barreira de contenção – Em reunião hoje, PFL e PSDB tentarão impedir que partidos menores de oposição, como PPS, PDT e PV, peçam já o impeachment de Lula. Alegam que a hora é de juntar evidências.

Espanando a gaveta – A reunião ministerial será retomada amanhã, no Salão Oval do Palácio do Planalto. Dilma Roussef (Casa Civil) relatará projetos de infra-estrutura, a implementação das PPPs, o Fundeb e os incentivos às micro e pequenas empresas.

Todo ouvidos – Beto Albuquerque (PSB-RS), vice-líder do governo na Câmara, ganhou meia hora com Lula quinta-feira. Queixou-se da falta de diálogo com aliados e pediu a criação de um Conselho Político. O presidente só ouviu.

Fim de feira – Albuquerque é o quarto deputado a ostentar o título de vice-líder. O líder Arlindo Chinaglia (PT-SP) não conseguiu reunir seus pares neste mês. Muitos estão envolvidos com a elaboração da própria defesa.

Tarefa inglória – O ministro Jaques Wagner admite a dificuldade de derrubar o salário mínimo de R$ 384 na Câmara, apesar do possível apoio do PSDB. "Não sei se conseguiremos ir a voto. Teremos de achar uma saída jurídica para manter os R$ 300", diz. Ele quer conversar com a oposição.Efeito colateral – Ao assumir o Ministério da Saúde, Saraiva Felipe (PMDB) encontrou uma espécie de sucursal em Pernambuco. Dez funcionários em cargos de confiança estavam na terra do antecessor, Humberto Costa (PT).

Questão de ordem – O depoimento de José Dirceu na CPI dos Correios não deverá ser prestado nesta semana. Não bastasse a tentativa do governo de adiar ou evitar a oitiva, a oposição quer chamar antes Luiz Gushiken e Henrique Pizzolato.

Interesse comum – Com o mandato a prêmio, os petistas João Paulo Cunha (SP), Professor Luizinho (SP) e Paulo Rocha (PA) pediram a Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da CPI dos Correios, o envio de seus casos para a CPI do Mensalão. Serraglio apenas escutou.

Humor mexicano – Torcedor do Inter, o gaúcho Paulo Pimenta (PT) ganhou o apelido de "Chapolin Colorado" com a desastrada manobra para divulgar na CPI do Mensalão uma lista apócrifa de supostos sacadores do valerioduto. "Não contavam com a minha astúcia" é o bordão do personagem.

Sigilo no paraíso – A secretária Nacional de Justiça, Cláudia Chagas, disse aos membros da CPI do Mensalão que o Uruguai é o país mais refratário a prestar informações sobre empresas off-shore. O Itamaraty já tem pronto um acordo para permitir a troca de dados com as Bahamas.

Turma do barulho – O comando da CPI do Mensalão escalou para missão no Uruguai Arnaldo Faria de Sá (PP-SP), Onyx Lorenzoni (PFL-RS) e Pompeu de Mattos (PDT-RS). Um parlamentar prevê: "Ou trazem as informações ou provocam um incidente diplomático".

TIROTEIO

* Do presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, sobre a hipótese de impeachment:

– Não há clima nem fato concreto. É muito perigoso, com o Congresso desgastado. É bom lembrar que Hugo Chávez, da Venezuela, tem know-how e esteve um tempão na Granja do Torto com o presidente Lula.

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