Dilma e Lula se reúnem para falar de reforma ministerial
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se na tarde desta segunda-feira (20) com a presidente Dilma Rousseff para tratar de reforma ministerial e sobre a crise com o PMDB. No encontro, ele reapareceu de barba, após tratar um câncer, que fez com que perde-se a barba.
Depois de Lula, Dilma se reúne com Crivella
A presidente Dilma Rousseff recebeu, no Palácio do Planalto, o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, do PRB. Dilma está desenhando a reforma ministerial e, paralelamente, está tratando da estratégia de campanha nos estados.
Servidores da Casa Civil já começaram a providenciar nesta segunda-feira (20/01) a transição de Aloizio Mercadante para a pasta. Segundo interlocutores do ministério, foi arranjada uma sala à disposição do ministro, hoje titular da Educação, para articular a transferência de comando.
No início da noite, o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, classificou como "especulação" a ida de Mercadante para a Casa Civil. Ele evitou negar, entretanto, reportagem da Folha de S.Paulo, que confirmou o convite feito pela presidente.
Conforme relatos de fontes próximas, a presidente Dilma teria formalizado o convite a Mercadante no fim de semana. Atual titular do cargo, Gleisi Hoffmann retorna das férias na semana que vem, quando a troca de cargos deve ser efetivada. A ministra deve reassumir sua vaga no Senado e dividir as atividades com a campanha eleitoral para o governo do Paraná. Em dezembro, Gleisi afirmou que pretendia deixar a Casa Civil em janeiro para se dedicar ao pleito, mas que a saída dependia da presidente.
Hoffmann deixará o cargo para preparar sua candidatura ao governo do Paraná pelo PT. Pela legislação, ministros que vão disputar as eleições de outubro precisam deixar a Esplanada dos Ministérios até o início de abril.
A escolha de Mercadante já era esperada no PT e entre os demais colegas de Esplanada dos Ministérios. A troca só deve ocorrer depois que Dilma retornar das viagens internacionais que fará a Davos, na Suíça, e Cuba. Dilma deve regressar ao Brasil no dia 28.
Uma fonte disse, sob condição de anonimato, que a presidente "está batendo o martelo" sobre a escolha de Mercadante durante uma reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o futuro ministro da Casa Civil no Palácio do Alvorada nesta segunda. O anúncio formal, porém, só deve ocorrer no fim do mês.
Mercadante ganhou prestígio com Dilma desde que assumiu o Ministério da Educação, em janeiro de 2012. O ministro vem sendo chamado pela presidente para discutir outros temas do governo e foi um dos auxiliares mais próximos durante o período de manifestações populares que tomaram as ruas das principais capitais em junho do ano passado.
Com a mudança de pasta, a expectativa no PT é que o papel de Mercadante na campanha de reeleição da presidente fique reduzido, já que sua principal função seria tocar o governo. A troca na Casa Civil deve dar o pontapé inicial na aguardada reforma ministerial que Dilma disse que promoverá até o Carnaval. Pelo menos 10 ministros devem ser substituídos porque deixarão o governo para disputar as eleições.
As mudanças a serem promovidas por Dilma terão por objetivo também agregar o maior número possível de aliados para seu projeto de reeleição. Quanto mais partidos na aliança, mais tempo a petista terá na TV durante a campanha.
2014 passa pelos palanques regionais, diz Lupi
Com a previsão de o PDT ser mantido no comando do Ministério do Trabalho, integrantes da cúpula da legenda consideram que um dos maiores problemas na relação com o PT está na composição das alianças nos Estados. "A questão de 2014 passa muito pela articulação dos palanques regionais. O grande desafio neste ano é a composição dos palanques. Há uma grande dificuldade do palanque nacional se repetir nos regionais", afirmou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.
Segundo ele, há uma falta de acordo na composição das alianças em vários Estados como o Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Distrito Federal, Bahia e Pernambuco. "Ela (presidente Dilma) vai ter que fazer um pouco o que está sendo conversado, mas que ainda não foi deliberado. Onde tiver mais de um candidato da base aliada ou ela vai no palanque de todo mundo ou no de ninguém, se não vai ser uma crise", afirmou Lupi. Na primeira semana de fevereiro, a cúpula do PDT deve se reunir em Brasília para traçar um cenário das alianças e definir as estratégias de campanha.
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