No esforço para recuperar sua governabilidade, a presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta terça-feira (11) com o presidente do PDT, Carlos Lupi, e com o líder do partido na Câmara, André Figueiredo (CE), e pediu que a legenda volte a compor a base aliada do governo, sinalizando, inclusive, que a bancada da sigla poderá indicar um novo nome para o Ministério do Trabalho.
Na semana passada, PDT e PTB anunciaram o rompimento com o Planalto apesar de manterem os ministérios do Trabalho, com Manoel Dias, e do Desenvolvimento Econômico, com Armando Monteiro, respectivamente.
Dias foi indicado por Lupi para o cargo, mas hoje o ministro não tem respaldo da bancada do PDT e sofre resistência dentro do partido.
Ao lado do vice-presidente Michel Temer e do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, na reunião no Palácio do Planalto, Dilma ouviu de Lupi e Figueiredo que os deputados do PDT serão consultados sobre a possível troca.
Segundo a reportagem apurou, os dirigentes do partido pediram cerca de dez dias para dar uma resposta final à presidente.
Os dois ponderaram que, apesar do anúncio de rompimento com a base, o PDT não vai se posicionar contra o Planalto em votações polêmicas, inclusive na apreciação das contas do governo após o julgamento pelo TCU (Tribunal de Contas da União), e também não engrossará o movimento pela abertura de um processo de impeachment contra Dilma.
A presidente deve se reunir ainda nesta terça com o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), e também pedir que o partido volte à base aliada.
Próximos passos
O PRB, do deputado Celso Russomanno (SP), e o PSD, que tem como líder na Câmara o deputado Rogério Rosso (DF), devem ser os próximos nos encontros individuais com a presidente.
Dilma não pretende trocar os ministérios do PRB (George Hilton, no Esporte) e do PSD (Gilberto Kassab, Cidades), mas foi alertada por aliados que parlamentares dos dois partidos têm se aproximado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem patrocinado acachapantes derrotas para o governo no Legislativo.
Os encontros individuais da presidente com líderes de diversos partidos faz parte de seu périplo para recompor a base aliada e se aproximar aos outros dois Poderes.
Nesta terça, Dilma vai promover um jantar no Palácio da Alvorada com os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), os presidentes dos Tribunais Superiores, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reconduzido por ela ao cargo, e advogados simpáticos ao governo.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Deixe sua opinião