A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (24) que agirá contra irregularidades no governo, mas que respeitará a presunção da inocência dos denunciados.
"Qualquer atividade inadequada, malfeita, que for constatada no governo, mantida a presunção da inocência, eu tomarei providência", disse Dilma a jornalistas após evento no Palácio do Planalto.
"É importantíssimo respeitar a dignidade das pessoas, não submetê-las a condições ultrajantes, e eu sei disso porque já passei por isso", afirmou ela, que passou três anos presa durante a ditadura militar.
As manifestações de Dilma ocorrem em meio a uma série de denúncias que atingem diversos ministérios do seu governo.
Wagner Rossi (Agricultura) e Alfredo Nascimento (Transportes) renunciaram aos cargos devido a supostas irregularidades nas pastas.
Além deles, Antonio Palocci deixou a chefia da Casa Civil diante de suspeitas de enriquecimento ilícito e Nelson Jobim saiu do Ministério da Defesa após divulgação de uma entrevista na qual criticou colegas de governo.
As acusações de irregularidades atingem também as pastas de Turismo e de Cidades.
Faxina da miséria
Perguntada se haveria novas demissões por conta das denúncias, Dilma disse que "essa pauta não é adequada para um governo" e que "não se demite nem se faz escala de demissão."
Dilma reagiu também contra a expressão "faxina" usada pela mídia para caracterizar as mudanças em órgãos e ministérios atingidos pelas denúncias e repetiu que o maior objetivo de seu governo é a luta contra a pobreza.
"Combate-se ao malfeito, não se faz disso meta de governo", afirmou a presidente.
"O centro do meu governo é fazer esse país crescer e fazer uma faxina contra a pobreza. O resto, ou seja, tomar providências contra malfeitos, é obrigação na minha condição de presidenta, é ossos do ofício da presidenta da República."
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