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A presidente Dilma Rousseff desembarca em Curitiba, nesta quinta-feira, com o propósito de pavimentar o projeto do metrô em Curitiba e aliá-lo à candidatura da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) ao governo do estado, em 2014. Às 15h, no salão de atos do Parque Barigui, a presidente anuncia, ao lado de Gleisi, o aporte de R$ 1 bilhão para as obras do metrô curitibano, cujo projeto prevê 14,2 quilômetros de linhas e 13 estações.

A fatia do governo representa 45% do total de R$ 2,2 bilhões. O restante será dividido entre o governo do estado (R$ 300 milhões) e a Prefeitura de Curitiba (R$ 900 milhões).

De acordo com o deputado federal e secretário de Comunicação do PT nacional, André, Vargas (PR), a presença de Dilma no anúncio do investimento do governo no metrô de Curitiba não ocorre por acaso.

Dilma é a principal cabo eleitoral da candidatura da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) ao governo do Paraná. O projeto será testado nas eleições municipais do ano que vem. O PT deve aliar-se ao PDT do ex-senador paranaense Osmar Dias e lançar a candidatura de Gustavo Fruet à prefeitura da capital. Crítico do mensalão, Fruet deixou o PSDB no primeiro semestre deste ano depois de não conseguir o apoio do governador do Paraná para disputar a sucessão municipal em 2012. Richa optou pelo atual prefeito Luciano Ducci (PSB) que foi seu vice em dois mandatos.

A assessoria de imprensa de Gleisi Hoffmann negou nesta quinta-feira (13), por volta das 13h30, que a ministra da Casa Civil será candidata ao governo do Paraná em 2014. A informação repassada à reportagem da Gazeta do Povo foi de que não há vinculação entre a visita da presidente Dilma Rousseff a Curitiba e a suposta candidatura de Gleisi.

Paulo Bernardo trabalha pela candidatura da esposa

Para Vargas, o favoritismo de Fruet na corrida eleitoral pode fazer com que o PT chegue ao comando da prefeitura de Curitiba pela primeira vez em sua história e saia na frente também na disputa ao governo do estado em 2014.

Entusiasta da candidatura de Gleisi, que é sua esposa, na disputa, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), trabalha para aparar arestas entre os deputados petistas que postulam a candidatura.

Entre os membros do PT, a construção do metrô também não é uma unanimidade. O anúncio de um acordo entre os governos federal e municipal feito, na semana passada, em Brasília, acaba com a estimativa de que as estações do metrô estariam prontas até a Copa do Mundo de 2014. As previsões agora são de que as obras sejam finalizadas dois anos depois.

Outra polêmica envolve os custos para a construção da linha. O projeto original prevê que o valor do quilômetro de metrô seja de menos de US$ 100 milhões, mas como o metrô será construído sob as canaletas de ônibus que ligam a Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e o Largo da Ordem, localizado no centro histórico da capital, o custo envolvendo desapropriações e o remanejamento do transporte urbano pode fazer com que o valor triplique e alcance US$ 300 milhões.

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