São Paulo - Em evento marcado pelo PT de última hora para se contrapor ao lançamento da pré-candidatura de José Serra, Dilma Rousseff disse ontem em São Bernardo que não trairá o povo brasileiro e que a militância do PT nunca a verá "por aí pedindo que esqueçam o que escreveu. "Eu não fugi da luta e não deixei o Brasil, disse Dilma, numa referência à ditadura militar, quando foi para a clandestinidade enquanto Serra, também opositor ao regime, se exilou no Chile.
O ato, do qual participou o presidente Lula, aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, berço político do PT. Lula chegou uma hora depois do início. Ao começar seu discurso, a ex-ministra da Casa Civil pediu um minuto de silêncio para lembrar os mortos nas enchentes do Rio. Serra teve a mesma iniciativa antes de seu discurso em Brasília. Dilma também citou as cheias que afetaram São Paulo nos últimos meses.
Oficialmente, o evento foi explicado como o lançamento de uma pesquisa sobre emprego e qualificação profissional, com um debate de Lula e Dilma sobre o tema. Os discursos tinham como alvo os tucanos, em especial o governo de Serra em São Paulo e a gestão FHC.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) tocou em temas delicados que o PT procurava evitar no evento, como a redução para 40 horas da jornada de trabalho, o fator previdenciário e a terceirização. Ele cobrou o governo e o Congresso. Ao final, entretanto, garantiu seu apoio à petista. "Dilma, eu acho que essa eleição vai ser uma barbada, falou. "Eu estive do outro lado, eu conheço o Serra há muito tempo, esse sujeito nunca gostou de trabalhador. Fazer obra até o Império Romano fazia, só que fazia com trabalho escravo, disse.
O programa de privatização, a redução do tamanho do Estado e a suposta tentativa de privatizar a Petrobras no governo FHC foram os principais alvos de críticas às administrações tucanas. "Nós, trabalhadores, temos de evitar a retomada do poder pelos tucanos que tentaram inclusive privatizar a Petrobras", disse o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antônio Fernandes dos Santos Neto.
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