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Benito Gama, presidente do PTB, decidiu abandonar a aliança com Dilma e apoiar Aécio sem consultar a bancada da sigla na Câmara, que amanhã vai decidir o que fazer em relação a isso | Antônio More/ Gazeta do Povo
Benito Gama, presidente do PTB, decidiu abandonar a aliança com Dilma e apoiar Aécio sem consultar a bancada da sigla na Câmara, que amanhã vai decidir o que fazer em relação a isso| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Reclamação

Bancada do PTB diz não ter sido ouvida sobre apoio a Aécio

Integrantes da bancada do PTB na Câmara dos Deputados disseram estar surpresos com a decisão anunciada pelo presidente do partido, Benito Gama, de romper a aliança com a presidente Dilma Rousseff (PT) e rumar com a campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB). Segundo lideranças do partido na Casa, a decisão foi tomada de forma "unilateral", sem consulta prévia aos integrantes da bancada. "Os deputados querem ser ouvidos. A bancada precisar ser consultada", disse o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO). O líder convocou uma reunião com os deputados da legenda para amanhã, em Brasília, para decidir que rumo deverão tomar em relação à campanha presidencial.

Depois de ver o PTB debandar para a coligação do tucano Aécio Neves, o comando da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) quer evitar novas surpresas e fez um aceno aos cinco partidos da base que vão realizar convenções nos próximos dias: PSD, PCdoB, PR, PP e Pros. Eles receberam o recado de que, se reeleita, Dilma dará mais voz a essas legendas ressuscitando o Conselho Político, órgão criado por Luiz Inácio Lula da Silva e desativado pela sucessora.

Um primeiro sinal da presidente é que ela decidiu participar das convenções dos aliados. O comando petista avalia que todos vão continuar com Dilma, mas alguns casos demandam mais atenção, em especial o PSD do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab. Embora ele tenha reiterado apoio à reeleição, nos estados a legenda tem se aproximado dos partidos de oposição, e esses diretórios gostariam que o PSD ficasse neutro na disputa nacional.

O PSD marcou para amanhã sua convenção nacional. Na segunda-feira, será realizada a do PP. O presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), disse que a aliança com Dilma está garantida, apesar das pressões do grupo comandado pelo governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, aliado de Aécio.

Na sexta-feira, ocorre a convenção do PCdoB. Embora seja aliado tradicional do PT, o partido se queixa de não ter recebido apoio dos petistas na disputa pelo governo do Maranhão, onde lançou o ex-deputado Flávio Dino, e de ter perdido a legenda para o Senado no Ceará. Apesar disso, o PCdo B continuará com Dilma.

Por fim, o PR, que também participa da base aliada do governo, deve confirmar na segunda-feira participação na coligação de Dilma. O partido realizou convenção no sábado e rejeitou a candidatura própria do senador Magno Malta (ES). No entanto, caberá à Executiva do partido a decisão final sobre manter a parceria com o PT ou não.

A situação mais tranquila é a do Pros, que hoje vai aprovar o apoio à reeleição de Dilma. Dos principais partidos, o PT já recebeu apoio do PMDB.

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