Em jantar oferecido na quinta-feira (21) a noite aos chefes de Estado e governo da África que participam da Conferência Rio + 20, a presidente Dilma Rousseff prometeu colocar à disposição dos países africanos toda a infraestrutura de inclusão social criada a partir do governo do ex-presidente Lula, a quem ela chamou carinhosamente no discurso de saudação de "meu querido presidente e líder".

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O convite aos líderes africanos foi feito por Lula, mas o jantar foi patrocinado pelo governador do Rio Sérgio Cabral e pelo prefeito da capital, Eduardo Paes. No discurso, Dilma agradeceu a participação dos chefes de Estado africanos para que a Rio + 20 se encerrasse nesta sexta-feira (22) apresentando, a todos os povos do mundo, um documento sobre desenvolvimento sustentável. Ela disse que a recepção mostra a decisão do Brasil de estabelecer uma relação especial com a África.

Durante o brinde Dilma anunciou que, além das relações bilaterais, participará da Cúpula da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia. E, em novembro, em Malabo, na Guiné Equatorial, para a Terceira Cúpula América, da relação América do Sul-África. Ela disse que a primeira razão para o tratamento diferenciado é por que, primeiro, o Brasil tem uma população com a consciência da sua raiz africana. E segundo lugar, por causa da decisão política tomada ainda no governo do ex-presidente Lula, de mudar a política externa.

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Segundo a presidente , há um grande interesse do governo brasileiro em ter parcerias no sentido de criar infraestrutura na área de rodovias, energia, e todas as estruturas necessárias para o crescimento econômico. "Nós, que só olhávamos até então para a Europa e para os Estados Unidos, passamos a olhar e dirigir os nossos olhos e as nossas preocupações para a população africana, para os países da África e os países da nossa América Latina", discursou Dilma.

A terceira razão do jantar para os africanos, continuou Dilma, é porque o governo brasileiro quer estabelecer com a África um processo de desenvolvimento com inclusão social e, por isso, colocará tudo o que aprendeu e conquistou à disposição das lideranças africanas.

"Primeiro, tudo que nós aprendemos para incluir as populações que mais precisam nos frutos do desenvolvimento. Aí está toda a tecnologia do Bolsa Família, porque é uma tecnologia. Tecnologia é saber fazer, é saber como fazer. Então, a tecnologia do Bolsa Família. A tecnologia da Embrapa", prometeu Dilma, lembrando que uma grande luta do ex-presidente Lula, que ela assistiu e acompanhou, foi para a criação de uma Embrapa que se dirigisse para a África.

Outro programa que a presidente Dilma disse que gostaria de implementar junto aos países africanos, é relativo à questão da saúde e à criação de vacinas. "Nós nos dispomos, em parceria com terceiros países, a criar, nas regiões diferentes da África, processos de produção de vacinas e de princípios farmacológicos que garantam o combate e o tratamento das doenças com maior incidência, que vão da malária à Aids", disse Dilma.

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