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Padilha, Barbosa e Kassab: cobranças da presidente Dilma. | Lula Marques/Agência PT
Padilha, Barbosa e Kassab: cobranças da presidente Dilma.| Foto: Lula Marques/Agência PT

Durante reunião com 12 ministros e o vice-presidente Michel Temer na tarde desta segunda-feira (27), a presidente Dilma Rousseff responsabilizou a Lava Jato por parte da queda do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

Ao discorrer sobre as dificuldades econômicas que o país enfrenta, a presidente citou a operação da Polícia Federal, dizendo que esta provocou uma queda de um ponto porcentual no PIB. O comentário, segundo um ministro que estava na reunião, ocorreu logo após uma longa explanação de Nelson Barbosa (Planejamento) sobre o cenário e as perspectivas “sombrias” se as medidas do pacote de ajuste fiscal não forem aprovadas pelo Congresso.

“Para vocês terem uma ideia, a Lava Jato provocou uma queda de um ponto porcentual no PIB brasileiro”. Dilma não deu detalhes do cálculo.

A presidente convocou a reunião para cobrar de ministros indicados pelos aliados que seus parlamentares votem a favor do governo, especialmente nas matérias econômicas. Dilma mostrou-se insatisfeita com o nível de infidelidade da base, que levou a seguidas derrotas na Câmara e no Senado no primeiro semestre. Dilma pediu “rapidez” e “responsabilidade” nas votações e determinou aos ministros que procurem os deputados e senadores de suas relações para influenciarem a favor do governo.

Dilma chamou ao seu gabinete o vice, Michel Temer, e 12 ministros: Eliseu Padilha, Kátia Abreu, Edinho Araújo e Hélder Barbalho, do PMDB; Gilberto Kassab e Afif Domingos, do PSD: Aloizio Mercadante e Nelson Barbosa, do PT; Aldo Rebelo, do PCdoB; Armando Monteiro, do PTB; George Hilton, do PRB; e Antonio Carlos Rodrigues, do PR. A presidente quer que este grupo “fidelize” os parlamentares que estão sendo parceiros e que busque reduzir ao máximo as dissidências.

“Foi uma reunião para dar um freio de arrumação nas relações com as bancadas. O recado aos ministros foi duro porque o governo não pode deixar a economia sair do controle. É preciso compromisso dos partidos aliados e que eles impeçam uma pauta bomba na Câmara e no Senado com medidas que aumentem as despesas”, disse uma fonte do governo.

Pauta bomba

Dilma pediu também o empenho para impedir a aprovação de projetos que custem caro aos cofres públicos, as chamadas “pautas-bomba” do Congresso.

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