Em encontro com jornalistas, Dilma se recusou a antecipar nomes que poderão integrar o governo| Foto: Antônio Cruz/ABr

Críticas

É bom ver o PSDB reconhecer programas federais, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que é bom ver o PSDB reconhecer o valor de programas como o Bolsa Família e o Mais Médicos. "Durante um bom tempo o Bolsa Família foi chamado de Bolsa Esmola, mas hoje todos sabem o reconhecimento internacional que o programa tem", disse a presidente em entrevista a rádios pernambucanas, ao comentar recentes declarações do senador e possível candidato à Presidência Aécio Neves, que teria manifestado interesse em dar continuidade aos dois programas, caso seja eleito no ano que vem.

A presidente também afirmou que o Mais Médicos, no início, foi alvo de "críticas ácidas e sem fundamento". Dilma disse acreditar que o PSDB votou contra o projeto do Mais Médicos no Congresso. "Não tenho certeza, mas se votaram a favor fico agradecida, porque oposição não tem que ser ‘quanto pior, melhor’. E, se reconhecem que esse é um programa que precisa ser mantido, é bom, não queremos ser donos da verdade."

Réplica

O senador tucano Aécio Neves (MG) rebateu a presidente e disse que as coisas boas do atual governo "serão não só mantidas, como aperfeiçoadas no futuro governo do PSDB". O senador defendeu o PSDB na votação do programa Mais Médicos. "A presidente se equivoca dizendo que votamos contra o Mais Médicos. Votamos a favor, mas buscamos aprimorá-lo, o que infelizmente não conseguimos fazer. Mas faremos isso no governo do PSDB", disse o senador.

Agência Estado

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A presidente Dilma Rousseff disse ontem que começará a fazer a reforma ministerial no fim de janeiro e prevê que até o carnaval, em março, possa ter finalizado as mudanças no governo. Em café da manhã com jornalistas, Dilma afirmou, porém, que a pergunta sobre mudanças na equipe era uma "casca de banana" e se recusou a antecipar nomes.

"Vou fazer reforma ministerial, mas vai ter período. Pretendo fazer da metade de janeiro, do fim de janeiro até o carnaval. São dez [ministros que sairão candidatos]. Não tenho a reforma aqui e nem vou dá-la, se não, seria hoje", disse, em resposta a uma jornalista. Na lista dos ministros que são candidatos às eleições de 2014 estão a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que concorrerá ao governo do Paraná, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato do PT ao Executivo paulista.

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Questionada sobre a permanência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a presidente demonstrou impaciência. "Pela vigésima ou trigésima vez eu reitero que o ministro Guido está perfeitamente [bem] no lugar onde ele está."

Em uma hora e 20 minutos de conversa com os jornalistas, Dilma não quis fazer comentários sobre as movimentações do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e do senador Aécio Neves (PSDB), seus desafiantes na disputa de 2014. "Minha agenda ainda não chegou a esse momento eleitoral", despistou a presidente, que é candidata à reeleição.