Assim como Lula assumiu a coordenação informal da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso começou a articular o palanque do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para a Presidência da República. FHC e Aécio participariam, na noite de ontem, de um encontro em Belo Horizonte (MG), batizado de "Minas Pensa o Brasil". O objetivo era reforçar a pré-candidatura do senador e fazer um contraponto às recentes aparições públicas de Lula.
Diferentemente de outras campanhas tucanas, nas quais FHC foi jogado para escanteio pelo partido, a estratégia do PSDB para o ano que vem deverá ser modificada. O ex-presidente terá papel de protagonista seus feitos na Presidência (1995-2002) serão amplamente lembrados.
Fernando Henrique também será mais atuante, dando entrevistas e se pronunciando frequentemente. Na semana passada, o alvo foi Lula, a quem chamou de "presidente-adjunto" por estar supostamente governando o país junto com a presidente Dilma.
Ontem, o ex-presidente criticou Dilma diretamente ao rebater o discurso da presidente na festa dos 10 anos do PT, em São Paulo. Na ocasião, ela afirmou não ter herdado "nada" da gestão tucana. "O que é que a gente pode fazer quando a pessoa é ingrata? Nada. Cospe no prato em que comeu. Meu Deus", afirmou o ex-presidente.
FHC também acusou a gestão petista de ter "usurpado" o projeto de governo dos tucanos. "Quem não tem projeto é quem está no governo, porque eles pegaram o nosso. Agora mesmo estão discutindo a privatização da distribuidora de energia elétrica. O que aconteceu no Brasil foi uma usurpação de projeto", disse.
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