Repetindo uma técnica usada com frequência pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff elogiou a atuação do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, paraninfo dos formandos do Itamaraty, e do atual chanceler, Antonio Patriota, e criticou, nas entrelinhas, a política externa dos governos anteriores.
"Que nunca mais se repita no Brasil a impossibilidade de se fazer uma política externa independente, num Brasil democrático, com justiça social", afirmou a presidente no discurso de formatura do Instituto Rio Branco (2011-2013), em solenidade no Palácio do Itamaraty.
Dilma lembrou o discurso de posse de Amorim, em 2003, no qual ele disse que a política externa brasileira teria de ser voltada para o desenvolvimento e a paz mundial. "Esta citação mostra, fundamentalmente, como é importante a herança que nós temos a reivindicar. Ela alimenta a política externa do meu governo", discursou Dilma, citando o ministro Patriota como atual executor desta política.
"Neste caminho que vocês trilharão, vocês serão Celso Amorins e Patriotas do futuro e serão responsáveis nos próximos 20, 30, 40 anos, pela política externa brasileira", observou. E emendou: "Sem arrogância, mas com segurança e firmeza, poderão dizer que representam um país que se encontrou consigo mesmo e recuperou sua autoestima e que está pronto a dar sua colaboração decisiva para o mundo de paz, de desenvolvimento, de justiça social, um mundo que tenha de se afastar das guerras e escolher o diálogo e a cooperação como métodos de política externa".
Projeção internacional
Dilma Rousseff afirmou que o Brasil ganhou "enorme projeção internacional" em pouco mais de uma década e mencionou a participação do País no G-20 e a presença de brasileiros em postos de destaque na política internacional, como José Graziano para a direção da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Roberto Azevedo para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) e Paulo Vannuchi para compor a Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
A presidente disse ainda que a retomada da inclusão social e do crescimento econômico serviu para reduzir a "nossa vulnerabilidade externa". Dilma aproveitou seu discurso para comemorar as atuais reservas do Brasil, que são da ordem de US$ 370 bilhões, e ironizar o fato de o País, antes devedor, agora ser credor, de quantia semelhante a que recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI). "De país endividado, nos transformamos em credores internacionais, pois emprestamos mais recentemente para o FMI recursos bastante significativos. Ironicamente, recursos muito similares aos que, no passado, o FMI nos emprestou", afirmou a presidente no discurso.
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