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Dilma Rousseff: no meio do povo. | Roberto Stuckert Filho/Ag. Câmara
Dilma Rousseff: no meio do povo.| Foto: Roberto Stuckert Filho/Ag. Câmara

A candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, reiterou ontem sua posição contrária ao "controle social" dos meios de comunicação. Mas defendeu o "controle público", sem explicar qual é a diferença entre os dois. "Parti­­­cu­­­larmente, eu acho que em qualquer seguimento não se trata de controle social, mas de controle público. E isso existe hoje no Brasil, como por exemplo o marco regulatório no setor de petróleo e de energia elétrica", disse Dilma, em campanha em São José do Rio Preto (SP).Indagada sobre a polêmica causada pelo fato de o PT ter entregue na segunda-feira ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) documento aprovado pelo Congresso da sigla com medidas polêmicas, como o controle social da mídia e a taxação de grandes fortunas e não o programa de sua candidatura, Dilma enfatizou: "A questão do registro do programa de campanha está esclarecida".

O texto encaminhado na segunda-feira ao TSE não correspondia ao programa de governo da candidata do partido. Ao perceber o equívoco, a sigla entregou ao TSE, no mesmo dia, o texto correto, que corrige alguns tópicos, mas contém críticas aos meios de comunicação. "(Eles) são pouco afeitos à qualidade, ao pluralismo e ao debate democrático", diz trecho. A candidata, contudo, destacou: "Nós somos a favor da expansão da internet banda larga e da multiplicação de todos os veículos de comunicação de mídia".

Mais vermelho

O PT divulgou ontem o material de campanha de Dilma Rousseff. Preparadas pelo marqueteiro João Santana, as peças que servem para estampar adesivos, camisetas, bandeiras, entre outros, retomam o vermelho – que é marca registrada do partido e foi utilizada de forma discreta na reeleição do presidente Lula em 2006.

Na última disputa eleitoral, que ocorreu após o escândalo do mensalão, Santana optou por usar verde e amarelo no número 13 e branco no slogan da campanha ao lado da estrela vermelha. Para Dilma, o marqueteiro colocou o slogan e o número em vermelho.

Dilma aparece sorridente – sozinha ou ao lado do presidente Lula – em fotos tratadas em programas de computador para dar uma aparência mais jovial. "Qual o problema de fazer photoshop? Todo mundo faz", disse o secretário de comunicação do PT, deputado André Vargas (PR).

Em entrevista ontem em São José do Rio Preto, antes de deixar a cidade rumo a Bauru (SP), a candidata do PT voltou a desqualificar a promessa feita pelo candidato José Serra (PSDB) de que irá duplicar os investimentos no Bolsa Família, se eleito. "A população sabe perfeitamente que não é possível que os programas sociais sejam marcas pré-eleitorais."

Serra

O candidato do PSDB evitou criticar Dilma Rousseff e privilegiou as promessas de ações nas áreas de segurança, educação e saúde, passando pelos mutirões de prevenção à hipertensão ao combate ao crime organizado. Durante uma caminhada em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, Serra citou iniciativas tomadas por ele no governo de São Paulo e na prefeitura da capital paulista.

Entre as oito promessas feitas por Serra, em menos de dez minutos, está a criação de um milhão de vagas em um novo programa de bolsa de estudos para o ensino técnico, o Protec – nos moldes do ProUni. "Conversei com um jovem hoje [ontem] e ele me disse que é importante o treinamento profissional para a juventude. Temos que ter ensino técnico em grande quantidade e, por isso, vamos manter o ProUni e criar o ProUni do ensino técnico", afirmou o candidato.

Serra viajou de trem da Central do Brasil (centro) até Ban­­­gu, acompanhado pela primeira vez do seu candidato a vice, deputado federal Índio da Costa (DEM-RJ).

Marina

Já a candidata do PV à Pre­­­si­­dência, Marina Silva, partiu para o ataque contra os seus dois adversários. Ela classificou como uma situação "vexatória" a revisão feita às pressas no programa do PT entregue à Justiça Eleitoral e criticou o que chamou de "aliança pragmática" de seu ex-partido com o PMDB. Para Marina, a primeira versão do programa do PT causou "desconforto" aos peemedebistas.

Em visita à cidade de Ara­­guari, no Triângulo Mineiro, a candidata do Partido Verde afirmou, indiretamente, que Minas Gerais "foi frustrada" com a escolha do ex-governador José Serra para concorrer ao Palácio do Planalto pelo PSDB em detrimento do nome de Aécio Neves, ex-governador mineiro e candidato ao Senado pelo estado.

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