No dia em que o governo começou a acertar com o PSB a retirada de Ciro Gomes do páreo presidencial, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, defendeu o aliado PMDB. Em entrevista à Rádio 730, de Goiânia, Dilma afirmou que a corrupção pode acontecer "em todos os lugares" e deu estocada em Ciro ao dizer que ninguém deve ter a "soberba" de associá-la a um determinado partido.
"A questão da corrupção não pode ser confundida com um partido ou uma sigla", afirmou a pré-candidata à Presidência. "Os seres humanos são diferentes, a corrupção é uma questão de desvio de conduta e isso pode acontecer em todos os lugares. A gente não pode ter essa soberba ao analisar os outros."
Magoado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o PT, que o isolaram ainda na largada da corrida ao Planalto, Ciro bombardeou a parceria dos petistas com o PMDB. Dono de língua afiada, chegou a dizer que aliança entre o PT e o PMDB era "terreno fértil" para a corrupção e um "roçado de escândalos semeados".
Apesar de elogiar Ciro e destacar que respeita suas opiniões, Dilma deixou claro que o PMDB é seu aliado preferencial na campanha. Após muita polêmica em relação ao nome do vice em sua chapa, a petista afirmou que o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), é mesmo o mais cotado para fazer dobradinha com ela.
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