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Enquanto o PMDB segue em guerra com o governo, petista Miguel Rossetto deve voltar para o Desenvolvimento Agrário | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Enquanto o PMDB segue em guerra com o governo, petista Miguel Rossetto deve voltar para o Desenvolvimento Agrário| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Em meio à rebelião do PMDB na Câmara, a presidente Dilma Rousseff deu ontem uma cartada para tentar acabar com o foco principal de insatisfação. Ela teria definido à noite a troca em dois ministérios comandados pelo partido e que pertencem à cota dos deputados peemedebistas. Neri Geller assumirá a vaga de Antônio Andrade na Agricultura. Já no Turismo, a presidente Dilma escolheu Ângelo Oswaldo para substituir o ministro Gastão Vieira. O novo ministro é um nome do PMDB, mas pertence à cota de Dilma.

Recém-chegado ao partido, Geller é muito próximo do senador Blairo Maggi (PR-MT) e tem apoio das principais entidades do agronegócio. Ele também atenderia ao líder rebelado do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Ontem à noite, Geller se reuniu com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e Eduardo Cunha, na sala da presidência da Câmara. Na saída, já deu entrevista como novo ministro, embora o Planalto ainda não tenha feito o anúncio oficial. De acordo com Antônio Andrade, seu substituto teria o apoio de toda a bancada do PMDB na Câmara. "A bancada diz que não vai indicar ninguém, mas o Neri não teve objeção de nenhum deputado e nem do Henrique. Vim agradecer ao Henrique, e o líder estava aqui [por acaso]. Ele é do PMDB, é um bom nome e não vai acirrar nenhum ânimo", disse Antônio Andrade.

Para o Turismo, o peemedebista escolhido por Dilma é ex-prefeito de Ouro Preto (MG) que, atualmente, preside o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

No caso da Agricultura, o ministro Antônio Andrade defendia a nomeação do deputado Silas Brasileiro (PMDB-MG). A posse deve ocorrer na sexta-feira.

Antes de fechar a troca nos dois ministérios comandados pelo PMDB, os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) passaram o dia em reuniões com os caciques do partido no Senado.

O primeiro nome da reforma, anunciado na terça-feira, foi o do vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, indicado pelo PP. Já o petista Miguel Rossetto, que já comandou o Ministério do Desenvolvimento Agrário de 2003 a 2006, quando o presidente era Luiz Inácio Lula da Silva, deve voltar à pasta.

Dilma ligou ontem para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT-RS), para agradecer a gestão dele, que irá concorrer à reeleição para a Câmara, já que é deputado licenciado.

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