A presidente Dilma Rousseff ressaltou nesta quarta-feira (20) que a defesa dos direitos humanos é o centro de preocupação da política externa brasileira. Ao participar da formatura de 109 diplomatas, no Palácio do Itamaraty, Dilma prestou uma homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, paraninfo da turma, e destacou que o governo brasileiro atuará para dar mais valor agregado aos produtos de exportação.
"A defesa dos direitos humanos, desde sempre e mais ainda agora está no centro da preocupação de nossa política externa. Vamos promovê-la em todas as instâncias internacionais, sem concessão, sem discriminação e sem seletividade, coerentemente, com as preocupações que temos no nosso próprio país", afirmou.
No discurso, Dilma citou a recente "onda saudável de democracia" nos países árabes e no Norte da África. "Lidamos com fenômenos que não aceitam políticas imperiais, certezas categóricas e respostas guerreiras", disse. Dilma também resgatou pontos da política externa do governo anterior, ao pedir reforma no Conselho de Segurança da ONU, instituição que, segundo ela, "envelheceu" e o estreitamento das relações com os países latino-americanos e africanos.
Dilma também disse que as relações entre Brasil e Estados Unidos ficaram ainda mais "intensas" após visita do presidente Barack Obama a Brasília. Ela citou o comercio brasileiro com países como a China, onde esteve recentemente. "Não temos que nos envergonhar de nossa capacidade de exportar commodities, mas também queremos agregar valores", disse. "Pretendemos ampliar os negócios nos marcos da franca reciprocidade".
Ao falar de Lula, Dilma disse que o antecessor é um "filho do Brasil", que associou sua vida a transformações que estão mudando o país. "Todos nós deixamos de ver o Brasil como um país pequeno e impotente diante do desafio histórico", disse.
Um pouco antes, o assessor de assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, que representava o presidente Lula, leu o discurso dele no qual agradecia a homenagem feita pelos formandos no Itamaraty e reconhecia que se tratava de uma valorização das conquistas obtidas pela política externa brasileira nos últimos anos.
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