A presidente vai a Paris e Moscou| Foto: Ueslei Marcelino /Reuters

A presidente Dilma Rousseff viajou ontem para Paris onde ficará até quarta-feira, depois segue para Moscou, na Rússia. Em Paris, Dilma deverá concentrar sua atenção em três temas: medidas para conter os impactos da crise econômica internacional, que atinge principalmente os países da zona do euro, questões relacionadas à defesa, pois os franceses negociam a venda de aviões caças para o Brasil, e ciência, tecnologia e inovação.

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Dilma deve se reunir hoje com o presidente da França, François Hollande. Para negociadores franceses e brasileiros, um dos temas tratados será a venda de 36 caças franceses para o Brasil.

Os aviões Rafale, da fabricante francesa Dassault, concorrem com os caças F/A-18E/F Super Hornet, da norte-americana Boeing, e com os Gripen NG, da sueca Saab. Mas o processo ainda está indefinido.

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Dilma e Hollande participam do seminário Fórum pelo Progresso Social - O Crescimento como Saída para a Crise, promovido pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean-Jaurès. Depois, a presidenta segue para a Rússia onde deve permanecer até o final desta semana. A viagem à Rússia deve ser a última internacional de Dilma em 2012.

Entrevista

Mesmo com a economia patinando nos dois primeiros anos do seu governo, a presidente Dilma Rousseff incluiu o crescimento econômico do Brasil como uma das coisas que não esperava ver no país. Em entrevista especial na estreia da nova temporada do programa "Esquenta" da TV Globo, da apresentadora Regina Casé, a presidente inclui também na lista o pagamento da dívida brasileira junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Eu pensei que não iria ver o Brasil crescer e estou vendo o Brasil crescer. Crescimento com distribuição de renda", disse ela. No programa, que foi gravado há três semanas, antes da divulgação do resultado ruim do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre e que colocou a equipe econômica sob pressão, a presidente apontou o aumento da competitividade como o grande enfrentamento que o país faz hoje para dar um novo salto de desenvolvimento. "Nós temos que ser capazes, através da educação, de produzir mais e agregar valor aos produtos e gerar inovação e tecnologia", disse.