Vejam quem são os integrantes da Comissão da Verdade

José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça)

Gilson Dipp (ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral)

Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada na época da ditadura)

Cláudio Fonteles (ex-procurador-geral da República)

Maria Rita Kehl (professora e escritora)

José Paulo Cavalcanti Filho (escritor)

Paulo Sérgio Pinheiro (ex-secretário nacional de Direitos Humanos e presidente da Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU para a Síria)

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A presidente Dilma Rousseff anunciou os nomes dos sete integrantes da Comissão da Verdade. Paulo Sérgio Pinheiro, ex-secretário de Direitos Humanos do governo Fernando Henrique Cardoso; Rosa Maria Cardoso da Cunha, advogada de Dilma na época da ditadura; e José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça, também no governo Fernando Henrique. Também estão na comissão Gilson Dipp, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ); o ex-procurador-geral da República durante parte do primeiro governo Lula Claudio Fontelles; Maria Rita Kehl, professora e escritora; e José Paulo Cavalcanti Filho, escritor.

A posse da comissão será feita no dia 16 de maio, com presenças confirmadas dos ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney.

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Depois de instalada, a Comissão da Verdade terá o prazo de dois anos para funcionar. Seus integrantes receberão salário de R$ 11,2 mil. Pela lei, não pode participar quem exerça cargo executivo em agremiação partidária, quem não tenha condições de atuar com imparcialidade e quem esteja no exercício de cargo em comissão ou função de confiança em quaisquer esferas do poder público.

Militares

Em fevereiro, grupos de militares da reserva reagiram contra a Comissão da Verdade. Em nota, clubes das três Forças Armadas, que representam militares fora da ativa, criticaram a presidente Dilma Rousseff por ela não ter demonstrado "desacordo" em relação a declarações de ministras e do PT sobre a ditadura militar (1964-1985).

A reclamação tratava, entre outros temas, sobre uma declaração da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), segunda a qual a Comissão da Verdade pode levar à responsabilizações criminais de agentes públicos, a despeito da Lei da Anistia. O texto dos militares, que havia sido publicado na internet, acabou sendo retirado do ar após pressão do governo.

Dias depois, também em nota, 98 militares da reserva reafirmaram os ataques feitos por clubes militares à presidente Dilma e disseram não reconhecer autoridade no ministro da Defesa, Celso Amorim, para proibí-los de expressar opiniões.A nota, intitulada "Eles que Venham. Por Aqui Não Passarão", também atacava a Comissão da Verdade: "[A comissão é um] ato inconsequente de revanchismo explícito e de afronta à Lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo", dizia o texto, endossado por, entre outros, 13 generais.

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