A presidente Dilma Rousseff aproveitou evento de inauguração do estádio de Salvador, nesta sexta-feira (5), para se dizer contra "todas as formas de discriminação".

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Nesta quinta (4), a capital baiana sediou um culto do pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. O pastor tem criado polêmica por declarações consideradas racismos e homofobias. O Planalto vem evitando o assunto --a indicação de Feliciano envolveu acordo dentre os partidos da base do governo. "Eu quero dizer para vocês que o Brasil é um país, hoje, com uma democracia consolidada. Uma democracia que respeita a diversidade, que é contra a discriminação", afirmou Dilma hoje, em um palco no gramado da Arena Fonte Nova. "Somos um país que sabe que, se é capaz de lutar pela superação da pobreza, tem de lutar pela superação de todas as formas de discriminação", completou. Antes, Dilma citou que o Brasil atual é "radicalmente diferente" daquele que sediou a Copa do Mundo pela primeira vez, em 1950.

"Naquela época, à nossa frente ainda teriam anos horríveis de fechamento e ditadura. Hoje, não. Somos uma democracia consolidada, uma democracia que cresce e que, diferentemente do passado, quando cresce compartilha os frutos desse crescimento com a população e o seu povo", disse.

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Dilma fez a menção ao termo "ditadura" um dia após o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em evento em Santos (SP), ter tratado o golpe que instalou a ditadura militar no Brasil como "revolução de 64".

O termo "revolução" é normalmente utilizado por defensores do regime militar que o país vivenciou de 1964 a 1985. Aécio é o potencial candidato tucano para enfrentar Dilma na disputa pela Presidência, em 2014.

Ao longo de seus 20 minutos de discurso, Dilma ainda não parou de exaltar a Bahia, onde disse se sentir "em casa", e anunciou um pacote de investimentos de R$ 1 bilhão para obras do sistema viário da capital.

"Eu tenho consciência da importância do voto dos baianos e dos soteropolitanos na minha eleição", afirmou a petista, que recebeu 71% da preferência no segundo turno de 2010, contra 29% de José Serra (PSDB-SP).

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