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A presidente Dilma Roussef afirmou nesta quinta-feira que quer "um país de classe média" e destacou a relação que tem com o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), como mostra de maturidade política e "decoro governamental". Dilma e Alckmin assinaram, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na Zona Sul de São Paulo, um termo de cooperação para a construção de 97 mil moradias voltadas à famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil.

"Nós não queremos um país de milionários e de pobres e miseráveis, como existe em muitas grandes nações. Queremos, sobretudo, um país de classe média. E ninguém é classe média se não tiver sua casa. Ninguém", ressaltou.

O projeto de moradias populares envolve R$ 6,1 bilhões da União e R$ 1,9 bilhão do governo paulista. O programa atenderá principalmente moradores de áreas de risco, mananciais e favelas das regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Vale do Paraíba e litoral norte.

O prazo divulgado pelo governo do estadual para construção dessa casas é até 2015. Durante a assinatura do convênio, Dilma e Alckmin trocaram afagos políticos.

"Podemos ser divergentes eleitorais, mas, acabadas as eleições elas deixam de existir", diz Dilma, que acrescentou: o decoro governamental consiste em saber que não há, na política, uma relação de atrito entre estados municípios.

Ao final do discurso, Dilma aproveitou para elogiar as parcerias que têm feito com o prefeito Gilberto Kassab, fundador do PSD, partido que tem dado sustentação ao governo.

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