A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (23) que o Brasil não é uma ilha e que o momento atual é de dificuldades. "Nós não somos uma ilha. Mas não somos um país desprotegido. Pelo contrário. Somos um país protegido pelo seu imenso mercado interno", disse a presidente durante o encerramento do seminário promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Ela lembrou que, nos últimos anos, o governo tirou 40 milhões de pessoas da linha da pobreza e transformou o País, pela primeira vez, em uma nação de classe média. "A maior parte da nossa população é de classe média, o que torna o país mais protegido". Em seguida, a presidente destacou que o Brasil tem hoje todos os mecanismos para enfrentar as adversidades que possam decorrer do aprofundamento da maior crise europeia.
A presidente destacou o volume de depósitos compulsórios existentes hoje nos bancos como uma proteção a mais ao País nesse momento de crise. "O nosso país sabe que ter R$ 440 bilhões em compulsórios depositados nos bancos nos permite enfrentar internamente qualquer problema de crédito sem recorrer de imediato ao nosso orçamento, o que muitos países do mundo não têm condições de fazer. Nós temos espaço para fazer política monetária. Nós temos uma política fiscal que é ao mesmo tempo uma consolidação fiscal e respeito à redução de todas as práticas absurdas de países desenvolvidos".
Dilma disse que, antes mesmo da atual crise aparecer, o governo brasileiro por sua conta própria reduziu todo o processo de ampliação do gasto, cortando R$ 50 bilhões em despesas. "Isso nós fizemos achando que o Brasil não pode se esquecer do que já conquistou. E o que conquistamos é crescer com estabilidade".
A presidente destacou a capacidade empreendedora e produtiva do País e lembrou que o País já aprendeu que "não é com recessão que se enfrenta a crise. É com crescimento também". "Crise também é oportunidade", destacou, recebendo muitos aplausos da plateia que prestigiou o evento da CNA.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura