A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta quinta-feira que o país tem condições de crescer 5% no ano que vem, mas argumentou que esse índice é uma meta a ser perseguida, e não um número fechado.
- Meta é para você perseguir. Ai de quem não tiver uma meta. Meta é para ser cumprida no sentido da mobilização, não necessariamente você tem de acertar no zerinho. No Brasil, se ficar abaixo, a casa cai. Sempre o presidente tratou o 5% como uma meta de crescimento acelerado - afirmou a ministra.
Segundo ela, ao fixar a meta de crescimento, o objetivo do governo é acelerar o crescimento do país e mobilizar a equipe ministerial e a sociedade para atingir esse índice. Dilma disse ainda que, para chegar a esse crescimento, o govenro está preparando medidas para ampliar o investimento no país, citando propostas de desoneração e investimento em obras de infra-estrutura.
- A força de ter uma meta é que o objetivo é tangível para todos. Todos estamos no mesmo barco. Todos temos de perseguir esse objetivo - afirmou.
A ministra disse que o governo criou nos primeiros quatro anos do mandato do presidente Lula as condições para o crescimento.
- Este é o problema deste país. Por que uma meta não é factível num país dessa proporção? Hoje é absolutamente possível porque fizemos um trabalho - disse.
Segundo ela, há quatro anos Lula assumiu com um quadro de instabilidade inflacionária, instabilidade externa e fragilidade fiscal. Dilma Rousseff afirmou que nos quatro primeiros anos do governo de Fernando Henrique Cardoso houve déficit e no segundo mandato o superátvit primário foi insuficiente, obrigando o governo Lula a fazer uma economia maior. Dilma argumentou ainda que, apesar de uma crise econômica na Tailândia, o risco-país caiu.
- Ou a gente lembra direitinho as condições em que assumimos e fizemos as coisas que eram possíveis dentro desse contexto, sem aventurismo - afirmou.
Dilma disse ainda que o governo não mudou a política econômica, mas que houve uma mudança no cenário econômico.