O governo estuda lançar uma terceira fase do Minha Casa, Minha Vida e cumprirá "sem problema" a meta de contratações de moradias da etapa atual do programa habitacional, afirmou nesta terça-feira a presidente Dilma Rousseff.
"Já estamos pensando em deixar pronta uma nova fase, porque não basta fazer 2,75 milhões de casas no Brasil do programa Minha Casa, Minha Vida, nós vamos ter de repetir a dose", disse Dilma durante cerimônia de entrega de 1.740 unidades habitacionais no município de Vitória da Conquista (BA).
"Quem vier depois de mim tem de repetir a dose, por isso nós vamos avaliar uma nova quantidade de habitações e vamos colocar a viabilidade dessas habitações bem clara", acrescentou a presidente, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de 2014.
Lançado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante seu segundo mandato, o Minha Casa, Minha Vida tem como meta reduzir o déficit habitacional do Brasil. A maioria das residências construídas no âmbito do programa é destinada a famílias de baixa renda e a compra dos imóveis é subsidiada.
A primeira fase do programa, ainda no governo Lula, teve 1 milhão de moradias contratadas. A etapa atual foi lançada com meta de atingir 2 milhões de unidades até 2014, mas foi ampliada para 2,750 milhões de residências, depois que o governo aprendeu "como podia fazer rápido as casas", segundo Dilma.
No total, incluindo as duas fases, o Minha Casa, Minha Vida já contratou 2,9 milhões de residências até agora.
Segundo Dilma, o governo vai cumprir "sem problema" a meta de 2,750 milhões de residências da etapa atual do programa habitacional. A nova fase teria início a partir de 2015, após o encerramento do primeiro mandato presidencial dela.
A presidente reiterou que oferecer habitação de qualidade e melhores condições de saúde e educação são tão importantes quanto o crescimento da economia do país, e que o Brasil só será um país desenvolvido quando conseguir oferecer serviços públicos de melhor qualidade a seus cidadãos.
"Um país desenvolvido não é um país em que o PIB cresce, em que você meça a qualidade de vida das pessoas pela quantidade de produtos. Um país desenvolvido você mede a qualidade de vida pelo conforto que as pessoas têm, pelo acesso que elas têm à casa própria, pelo emprego que elas conseguem, pela qualidade da saúde que elas recebem, a qualidade da educação", afirmou.
"É óbvio que a gente precisa que a economia cresça e o PIB cresça, mas no Brasil nós temos a experiência passada em que PIB crescia e a renda se concentrava na mão de poucos. Queremos que o PIB cresça, mas que a renda seja distribuída", acrescentou.
Dilma participa ainda nesta terça-feira, em Salvador, de anúncio de repasse de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras de mobilidade urbana, além da assinatura de contrato das obras do metrô.
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