Obedientes à ordem da presidente Dilma Rousseff de fazer mais gastando menos, os ministros das áreas que sofreram cortes no pacote de ajuste fiscal anunciado pelo governo não só defenderam as medidas, como disseram, na reunião ministerial, que esse é o único caminho a ser seguido daqui para a frente. E a presidente não deu brecha para que outros ministros apresentassem projetos que impliquem em aumento de gastos para a União.
"Vamos ter que fazer muito com o pouco disponível. Não temos mais dinheiro para jogar pela janela", disse a presidente.
Além dos ministros da área econômica e social - Joaquim Levy, da Fazenda, e Tereza Campello, do Desenvolvimento Social - falaram os que tiveram suas pastas atingidas duramente por cortes no Orçamento: Previdência, Carlos Gabas; Trabalho, Manoel Dias e Educação, Cid Gomes. O ministro do Esporte George Hilton, por exemplo, ficou mudo durante a reunião, que terminou por volta das 20 horas e foi encerrada com um jantar.
"Esse é o único caminho", conformou-se Cid Gomes, que, como os outros ministros, defenderam as medidas.
O encerramento foi feito pelo vice-presidente Michel Temer. No discurso, o peemedebista fez uma gracinha que provocou risos.
"Nós estamos rompendo um ciclo de instabilidade política que marcou toda a História do Brasil. Daqui a 100 anos podemos nos abraçar para comemorar", disse.
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