A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira não ser concebível uma reforma do Conselho de Segurança da ONU que não inclua o Brasil como membro permanente do órgão.

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"Não é concebível uma ONU reformada sem o Brasil. Nós não temos a menor dúvida quanto a isso", disse Dilma a jornalistas em Manaus após o lançamento de programa para prevenção e tratamento do câncer de mama e do colo de útero.

A obtenção de um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) é um dos principais objetivos da política externa brasileira. A reforma do órgão e a inclusão do Brasil foi, inclusive, um dos temas tratados por Dilma com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante a visita dele a Brasília no sábado.

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Brasil e outros países, como Índia e Alemanha, defendem uma reforma do Conselho que permita a ampliação dos membros permanentes. Atualmente, são integrantes fixos Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China.

Ao contrário do que fizera com a Índia durante viagem a Nova Délhi em novembro, Obama não apoiou explicitamente as aspirações brasileiras na ONU.

Segundo Dilma, "não existirá um Conselho da ONU reformado" sem a presença de alguns países, como Índia e Brasil, "países expressivos... que hoje são consideradas grandes forças".

Dilma também defendeu um cessar-fogo na Líbia, onde forças internacionais iniciaram no sábado ataques para conter o avanço das tropas do líder Muammar Gaddafi, que há mais de um mês enfrenta rebeldes que exigem sua saída.

"Nós somos a favor de uma solução pacífica", disse ela.

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Na véspera, o governo brasileiro já havia se posicionado a favor de um "cessar-fogo efetivo" no país do norte da África.

Na semana passada, o Brasil se absteve na votação da ONU que criou uma zona de exclusão aérea na Líbia.