Aécio explora corrupção na Petrobras e inflação em propaganda de TV

Pré-candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) leva ao ar a partir desta terça-feira (8) uma série de inserções em que explora a crise na Petrobras, a pressão inflacionária e o cenário de frustração com o governo da presidente Dilma Rousseff. Em uma das peças publicitárias do programa nacional do partido a que a Folha teve acesso, Aécio diz que não é preciso "ser da oposição" para enxergar os problemas da Petrobras. "Basta ser brasileiro", diz o senador no vídeo.

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Dilma promete pagar R$ 1,5 bi de custeio das prefeituras

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (7) que ainda neste mês de abril o governo pagará a segunda parte da verba destinada para custeio das prefeituras. "Pagamos R$ 1,5 bilhão no ano passado e agora eu determinei que a Fazenda depositasse o outro R$ 1,5 bilhão hoje e, portanto, estará disponível nas contas das prefeituras até amanhã", afirmou, durante cerimônia de entrega de máquinas a prefeitos de Minas Gerais, na cidade de Contagem. "Tenho certeza que isso vai ser uma contribuição para que os municípios possam custear os serviços que têm de entregar às suas populações", disse Dilma.

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Em evento do Planalto com clima de campanha eleitoral, inclusive com pedidos de voto, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (7) em Contagem (MG) que estão tentando "desgastar" o seu governo, mas que ela "não recuará um milímetro da disputa política". Dilma participou da entrega de máquinas e caminhões a prefeitos de Minas, base eleitoral de seu oponente Aécio Neves (PSDB), que tem insistido no Congresso na criação da CPI da Petrobras.

Aécio e o também pré-candidato ao Planalto Eduardo Campos (PSB) têm repetido que Dilma não tem preparo suficiente para comandar o país e colocam em xeque o futuro da economia. "É muito usual nos períodos da pré-campanha a utilização de todos os instrumentos possíveis para desgastar esse ou aquele governo. Nós temos experiência disso. Enfrentamos isso em 2006, com a reeleição do Lula, e 2010, na minha eleição", disse a presidente. "O meu governo continuará governando, mantendo o seu caráter republicano. Não iremos recuar um milímetro da disputa política quando ela aparecer", completou Dilma.

Ela afirmou que estava em Contagem para um evento de "governo" e que mantém o caráter republicano, sem discriminar nenhum prefeito, independentemente do partido a que ele pertencer. A presidente disse ainda que, antes de o PT chegar ao poder, essa "não era uma prática usual" no governo federal.

O tom de campanha da cerimônia de entrega das máquinas foi dado pelo prefeito de Joaíma, Donizete Lemos (PT), que, ao discursar em nome dos 151 prefeitos presentes, pediu aos colegas que ajudem a presidente e não acreditem "na mentirada que tem por aí". "Não tenham medo de apoiar a presidente Dilma. Não tenham medo de encarar a campanha. Vamos manter esse governo. Prefeito não tem que ter medo. A Dilma tem que continuar", afirmou o prefeito.

Carona

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Na solenidade de entrega das máquinas, mais uma vez o ex-ministro Fernando Pimentel, pré candidato ao governo de Minas pelo PT, pegou carona na cerimônia, cumprimentando e tirando fotos com os prefeitos que recebiam as chaves das mãos da presidente.

Ao lado dele no palanque também estava o ex-ministro Antônio Andrade (PMDB), que tenta levar o seu partido a apoiar Pimentel ele busca ser o vice da chapa. É a terceira vez em 49 dias que Dilma viaja a Minas para entregar máquinas a prefeitos. Neste ano, foram 452 apertos de mão de Dilma a cada um dos prefeitos agraciados (53% dos municípios de Minas).