Dilma disse que não há “base legal” para o pedido de prisão de Lula.| Foto: VANDERLEI ALMEIDA/AFP

Em reunião com reitores de universidades federais nesta sexta-feira (11), a presidente Dilma Rousseff falou sobre o seu futuro, reconheceu que o momento político é delicado, mas disse que não pensa em renunciar ao cargo. “Ela disse que o governo vai continuar trabalhando, na batalha e que não existe possibilidade de renúncia”, afirmou o reitor da Universidade de Brasília (UNB), Ivan Camargo, ponderando que a fala foi dentro de um contexto em que ela falava de projetos de futuro. “Ela estava tranquila, dizendo que vai continuar firme e que o futuro do país passa pela educação e democracia.”

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Segundo reitores presentes no encontro, Dilma fez “um longo desabafo” sobre a situação do seu padrinho político Luiz Inácio Lula da Silva e disse que há preocupação com o processo de Lula. A presidente reforçou que “não há base legal” para o pedido de prisão preventiva do ex-presidente. “Ela falou que o momento é delicado, disse que o ex-presidente Lula está sendo vítima de um processo em que não há base legal. E ela acha que não se sustenta esse processo”, afirmou o reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Jefferson Fernandes.

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Camargo afirmou ainda que Dilma se mostrou “tranquila, apesar de preocupada” com a situação de Lula. “Ela estava tranquila, mas mostrou preocupação com a situação de Lula e disse que é preciso ter respeito aos devidos processos legais.”

Presente na reunião, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também fez uma defesa do ex-presidente Lula, segundo relatos. O ministro fez coro à “injustiça” que está sendo feita e afirmou que está havendo um “desrespeito” à figura do ex-presidente.

A presidente teria dito ainda que a crise econômica está dando sinais de arrefecimento, mas reconheceu que o aspecto político tem interferido na retomada do crescimento. Segundo o reitor da UFRR, Dilma garantiu que não haverá mais cortes de verbas na área da educação. “Ela disse que o que tinha que cortar já foi cortado e que política agora será de desacelerar a expansão (das universidades), mas manter as conquistas”, afirmou.

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