A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, defendeu nesta sexta-feira (30) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que na véspera decidiu que a Lei da Anistia vale para todos no país, incluindo os torturadores. "Não sou a favor de revanchismo de nenhuma forma. O que o Supremo decidiu, decidido está. É a maior corte do país e tem que ser respeitada."

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Dilma, que militou contra a ditadura militar e chegou a ser presa, foi questionada e defendeu-se da fama de ser "dura". "Você já viu algum ministro do Brasil nos últimos 20 anos ser chamado de duro? Eu nunca vi. É uma mulher que é chamada de dura. No governo, eu cobrei prazos. Se o Brasil não cobrar prazo, não existe gestão", respondeu.

Dilma cumpriu agenda em Santos. Pela manhã, ela concedeu entrevista a um jornal local. De lá, caminhou até a Associação Comercial de Santos ao lado do senador Aloisio Mercadante, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, e da ex-prefeita Marta Suplicy, pré-candidata ao Senado. No caminho, fez uma parada numa lanchonete onde tomou café e comeu pastéis. Dilma foi cumprimentada por mulheres e, na rua, ouviu um pedido para que dançasse o "rebolation", hit do carnaval baiano. "Vou dançar, mas só depois", respondeu, bem humorada.

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Portos

A candidata afirmou ainda que é favorável a existência da Secretaria Especial de Portos, órgão que o pré-candidato do PSDB, José Serra, disse que extinguirá caso seja eleito. "Julgamos que essa secretaria é essencial. De nenhuma maneira, é compatível com o futuro do país desmontar essa secretaria que está fazendo um bom trabalho", disse, sem citar o concorrente na disputa pelo Palácio do Planalto.

A ex-ministra contou que a idéia de criar a secretaria surgiu no final de 2006, quando o governo identificou a necessidade retirar a atribuição sobre os portos do Ministério dos Transportes para que o setor portuário tivesse uma ação mais focada em infra-estrutura.

Serra afirmou recentemente que pretende, se for eleito, criar os ministérios da Segurança Pública e da Pessoa com Deficiência. Para isso, declarou, extinguiria as secretarias de Portos e de Assuntos Estratégicos.

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