A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira que é preciso fazer um esforço para definir as candidaturas aliadas até o próximo mês, como sugere o presidente licenciado do PMDB, deputado Michel Temer (SP), presidente da Câmara.
Pré-candidata do PT a presidente, a ministra afirmou que essa definição pode ocorrer inclusive no PT, mas ressaltou que cada partido tem seu tempo.
- Eu entendo o anseio do presidente do PMDB de ter essa decisão até outubro e acho que há de haver um esforço para ver se é possível. Tem que se esforçar para ver se é possível. Agora partido tem seu ritmo. O PT tem o dele, o PMDB tem o dele. Os outros partidos que integram (a base) - PP, PSB, PTB, PDT, PCdoB -, cada um tem seu ritmo, e isso você vai ter de considerar - afirmou ela, ao deixar a reunião do Conselho de Administração da Petrobras.
A declaração é uma resposta a Temer, que em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" no fim de semana cobrou do PT a definição de nomes e alianças para as próximas eleições.
Sobre a possibilidade de definição do PT ainda em outubro, ela respondeu:
- Em princípio é possível definir até outubro. Agora, tem de ver. Nada a gente pode descartar - afirmou.
Na sexta-feira, em entrevista à rádio Guaíba, Lula que o PT está preparado para lançar a candidatura de Tarso Genro (Justiça) ao governo do Rio Grande do Sul e Dilma à presidência da República .
Lula disse que os dois nomes têm grandes chances de ganhar a eleição e com isso, segundo ele, "mudar o paradigma da construção desse país".
- Estamos (o PT) preparados para lançar o Tarso, preparados para lançar a Dilma e preparados para ganhar as eleições - disse ele, destacando que qualquer um deles tem a obrigação de fazer mais do que o seu governo fez nos últimos 8 anos.
Mais tarde, no palanque, Lula, porém, afirmou que ainda não tem candidato ou candidata. Ele garantiu no entanto, que fará campanha no ano que vem para alguém que represente a "continuidade".
O aparente recuo do presidente ao dizer que ainda não tem candidata pode ter tido a função de cumprir uma mera formalidade: evitar questionamentos na Justiça eleitoral. Lula falou da campanha em cima de um palanque. Defender o nome de Dilma Rousseff naquele momento - apesar de já tê-lo feito em entrevistas e outras oportunidades - poderia trazer contestações.
Nos últimos meses, cresceram rumores de um possível plano B para a Presidência, sobretudo após a ministra anunciar o tratamento contra um câncer. Auxiliares diretos de Lula, porém, asseguram de forma enfática que essa hipótese não existe.
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