Em sua segunda passagem pelo Congresso neste ano, a presidente Dilma Rousseff enfrentou nesta quarta-feira (9) um verdadeiro "beija-mão" de parlamentares, especialmente do baixo clero, grupo sem muita expressão na Casa.
A presidente esteve na Câmara para participar de sessão em comemoração aos 25 anos da Constituição e receber a Medalha Assembleia Nacional Constituinte. Bem-humorada, a presidente circulou rapidamente pelo plenário antes do início da cerimônia e distribuiu cumprimentos.
Sentada ao lado do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a petista virou alvo de congressistas que tentavam tirar uma foto com ela. Alguns a procuravam na mesa para entregar projetos e outros conseguiram ter uma conversa ao pé do ouvido. Eles aproveitaram o discurso do deputado Mário Benevides (PMDB-CE), vice-presidente da Constituinte, para buscar a aproximação.
"Essa foto é importante até para marcar o momento. Tem seis anos que estou tentando buscar a construção da BR-226 e incluí-la no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas o projeto está parado no Ministério do Planejamento", contou o deputado professor Sétimo (PMDB-MA).
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) disse que foi cumprimentar a presidente e aproveitou para lembrar das discussões e dos embates que travou durante a elaboração da Constituição.
Dilma não discursou. Ela recebeu medalha de ouro, assim como Renan, Eduardo Alves e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa.
Outras 50 autoridades, em especial parlamentares da Constituinte, receberam medalha de prata. Entre os homenageados está o deputado licenciado José Genoíno (PT-SP), condenado no julgamento do mensalão. Genoino não compareceu, e o irmão do petista e líder do PT, José Guimarães (CE), recebeu a comenda.
Alves também ressaltou que a Carta estabeleceu que os poderes da República são independentes e harmônicos e estabeleceu austeridade fiscal. "Ela desenhou o sistema federativo, que precisa ser readequado hoje. Temos consciência disso", disse. Na presença de Dilma, Benevides reclamou da edição de medidas provisórias. "De 1988 até hoje, nenhum presidente se absteve de adotar as medidas provisórias, que devem ser editadas observados os pressupostos de urgência e relevância. O projeto de lavra dos parlamentares foi relegado a segundo plano", afirmou.
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