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O Planalto ainda não anunciou oficialmente ademissão do ministro do Turismo, Pedro Novais, porque a presidente Dilma Rousseff espera a chegada do vice-presidente Michel Temer a Brasília, na tarde desta quarta-feira (14), para definir o substituto, que também sairá da cota do PMDB. Em uma conversa na manhã desta quarta, envolvendo o ministro Novais, as lideranças do PMDB e assessores da presidente Dilma Rousseff, ficou decidido: 1) o PMDB não mantém mais apoio à permanência de Novais na pasta; 2) o ministro entrega nesta quarta à presidente Dilma Rousseff a carta de demissão.

Nos bastidores, as várias alas do PMDB já disputam a indicação. Padrinho de Novais, o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara, tentará emplacar no Turismo o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). Corre por fora o ex-deputado Geddel Vieira Lima, que é hoje um dos vice-presidentes da Caixa Econômica Federal (CEF) e foi ministro da Integração Nacional no governo Lula. O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Moreira Franco, também gostaria de mudar de cadeira.

Novais caiu em desgraça por uma sucessão de escândalos. O primeiro deles foi noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Dias antes da posse como ministro, a reportagem revelou que Pedro Novais, então deputado federal, pediu ressarcimento de R$ 2.156 à Câmara por despesas em um motel de São Luís (MA). Novais incluiu a nota fiscal na prestação de contas da verba indenizatória.

No mês passado, o ministro teve seu nome envolvido em nova polêmica. O secretário executivo do ministério, Frederico Costa, foi preso durante a Operação Voucher, da PF, suspeito de liberação irregular de verbas públicas para a ONG Ibrasi. Costa pediu demissão.

Há também o caso do motorista da Câmara que servia à mulher de Novais e que só agravou a situação do ministro. A Folha de S. Paulo flagrou a mulher do ministro percorrendo as ruas da Capital para fazer compras, sempre conduzida, em um Vectra preto pelo motorista da Câmara.

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