A presidente Dilma Rousseff chegou nesta tarde de terça-feira (22) ao Congresso para a sessão de abertura dos trabalhos legislativos deste ano. Ao desembarcar com 30 minutos de atraso, a petista foi recepcionada pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Dilma cumprimentou com beijos Renan e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, mas só deu um aperto de mão frio no presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por ter admitido em dezembro a abertura do processo de impeachment contra ela.
No trajeto da Mesa Diretora da Câmara, para a execução do Hino Nacional, Dilma subiu as escadas em direção ao Salão Verde conversando apenas com Renan e ignorando Cunha.
O presidente da Câmara tentou ficar ao lado de Dilma, que recuou e preferiu conversar com o relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), um dos vice-líderes do governo na Câmara. Sorridente, a presidente conversou durante o trajeto com parlamentares. No percurso, ela ouviu um grito isolado de uma mulher que disse “Fora, Dilma”.
O plenário da Câmara, onde ocorre a solenidade, está lotado. A presidente chegou a parar para tirar fotos com a bancada feminista da Câmara. Ao subir ao púlpito, foi aplaudida pelos presentes. Nos bastidores, há ameaças de protestos. Mesmo sem Dilma ter chegado ao ambiente, oposicionistas já levantam placas com os dizeres “Xô, CPMF”, uma das principais propostas do governo a fim de buscar o equilíbrio fiscal.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
Deixe sua opinião