Temer é contra abertura de CPI sobre Petrobras
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou nesta quarta-feira ser contrário à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dentro do Congresso para investigar irregularidades envolvendo operações da Petrobras. A pressão política pela abertura da CPI aumentou muito no Congresso depois que o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a presidente Dilma Rousseff reconheceu ser "falho" o parecer técnico dado sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela estatal, em 2006. Ela disse que, se isso não tivesse ocorrido, a compra da refinaria não teria sido aprovada quando presidia o Conselho de Administração da Petrobras.
Para Temer, não existe necessidade de o Congresso fazer esse tipo de investigação, uma vez que o caso já está sendo analisado por outras instâncias, como Polícia Federal e Tribunal de Contas da União. "Esses órgãos já têm os instrumentos necessários para investigar o que acharem importante nesse caso. Não existe a necessidade de abertura da CPI. Até porque se gastaria mais tempo ainda e, no fim do trabalho, tudo seria enviado para que o Ministério Público iniciasse suas apurações. Então, o mais adequado é deixar a continuidade do trabalho que essas instâncias já estão conduzindo", afirmou. Para o vice presidente, Dilma "mostrou sua coerência" ao reconhecer a existência do problema na compra da refinaria.
A presidente Dilma Rousseff almoçou nesta quarta-feira (19) no restaurante do Resort Vila Galé, em Fortaleza, e já partiu rumo a Sobral, no interior do Ceará, onde cumprirá agenda nesta tarde. Ao deixar o restaurante, tirou fotos com hóspedes. Ao ser questionada pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo se apoia uma investigação sobre a Petrobras, respondeu, irritada: "Você não vai me entrevistar agora, né? Aqui, não." O Estado publicou nesta quarta matéria informando que "documentos inéditos mostram que Dilma Rousseff votou em 2006, quando era ministra e presidia o Conselho de Administração da Petrobras, a favor da compra de 50% da polêmica refinaria de Pasadena, nos EUA" e que ao justificar a decisão, disse que só apoiou a medida porque recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho". A Petrobras acabou desembolsando US$ 1,18 bilhão na operação. A compra é investigada por Polícia Federal, Tribunal de Contas da União e Congresso por suspeitas de faturamento e evasão de divisas, informa a reportagem.
Há pouco, em Fortaleza, enquanto caminhava em direção ao avião que a levaria até Sobral, distribuindo beijos e abraços, um hóspede trajando sunga abordou a presidente e disse: "Estou muito decepcionado porque a senhora não pulou na piscina com a gente". Ela riu e respondeu: "Não fui porque não tinha roupa, mas a verdade é que estou com inveja".
Logo mais, em Sobral, Dilma participará de ações do programa "Água para Todos" para celebrar o Dia de São José da e entrega de títulos de propriedade rural para agricultores familiares. Amanhã, além de ir a Belém e a Marabá, no Pará, a presidente ainda visitará Imperatriz, no Maranhão.
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