Brasília - Em evento de lançamento de um programa de direitos humanos do governo federal, quem acabou se transformando no alvo das atenções foi a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão do presidente Lula.
Dilma fez sua primeira aparição pública sem peruca desde que começou um tratamento para curar um câncer no sistema linfático. Durante o evento, a ministra ouviu o presidente Lula fazer piada sobre isso e demonstrou emoção ao entregar um prêmio à amiga e ex-companheira de resistência à ditadura militar Inês Romeu.
"Vocês viram eu botando a mão no cabelo do Zé Alencar (vice-presidente da República, que também passa por tratamento para curar câncer). É que teve um tempo que tinha caído o cabelo do Zé Alencar, e vocês não perceberam que a Dilma está de cabelo novo. Não é peruca, não. É o cabelo normal dela que voltou a se apresentar em público", brincou.
Lula disse que já pedia há um mês para que a ministra tirasse a peruca. "Eu acho que foi uma homenagem à Inês, porque eu estou pedindo para a Dilma tirar a peruca já faz um mês e ela não quis tirar a peruca. E hoje ela apareceu aqui na frente da Inês sem peruca, mostrando seu novo visual."
Durante a cerimônia, o presidente voltou a falar da candidatura da ministra, que chorou em alguns momentos do encontro. Ao lembrar dos que lutaram contra a ditadura militar e citar um episódio com Dilma, Lula afirmou que, ao ver o local em que ficou presa, a ministra disse que não sentia "raiva".
E acrescentou: "Eu acho que ela não tem raiva é porque ela, se alguém prendeu a Dilma, se alguém torturou a Dilma, achando que tinha acabado com a luta da Dilma, ela é uma possível candidata a presidente da República deste país".
Ao final do evento, cercada pelos participantes, a ministra afirmou que era um "alívio" ter deixado de usar a peruca. "Era uma verdadeira tortura chinesa", disse.
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