Ao discursar na festa comemorativa do aniversário de 90 anos do jornal Folha de S.Paulo, na segunda-feira à noite, a presidente Dilma Rousseff afirmou que considera a imprensa livre "imprescindível" na construção das democracias e que os governos devem saber conviver com as críticas dos jornais. "No Brasil de hoje, com uma democracia tão nova, todos nós devemos preferir, um milhão de vezes, o som das vozes críticas de uma imprensa livre ao silêncio das ditaduras", assinalou. "Uma imprensa livre plural e investigativa é imprescindível para um país como o nosso."
Dilma discursou para uma plateia de quase 1,2 mil convidados, reunidos na Sala São Paulo, na região central da capital paulista. No início de seu discurso, ao saudar as autoridades e políticos presentes, mencionou o vice-presidente, Michel Temer, e, indo além do protocolo, saudou também o ex-governador José Serra (PSDB), com quem disputou a eleição no ano passado. Mais tarde, ao sair da festa, conversou rapidamente com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Dilma destacou em diferentes partes de seu discurso a importância, no regime democrático, da convivência das diferenças de opinião, da liberdade de crítica e do direito de se expressar e se manifestar. "A multiplicidade de pontos de vista, a abordagem investigativa e sem preconceitos dos grandes temas de interesse nacional constituem requisitos indispensáveis para o pleno usufruto da democracia, mesmo quando são irritantes mesmo quando nos afetam, mesmo quando nos atingem", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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