Com três anos e meio após o prazo de conclusão fixado pelo ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff inaugurou ontem o trecho de 855 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, que liga Anápolis (GO) a Palmas (TO). Em clima de campanha eleitoral, Dilma agradeceu ao senador José Sarney (PMDB-AP) pela concepção da obra, que começou quando ele era presidente (1985-1990). E atacou as gestões de antecessores, afirmando que o seu governo tem vontade política para enfrentar problemas e "não ficar chorando pelas esquinas".
Em setembro de 2010, Lula havia prometido entregar o trecho Anápolis-Palmas em dezembro daquele ano. "Nós vamos até Palmas agora e, no dia 20 de dezembro, preparem uma grande festa, que nós vamos inaugurar a Ferrovia Norte-Sul até Anápolis", afirmou Lula na época.
A "grande festa", porém, ocorreu apenas ontem, com Dilma cumprindo roteiro de candidata à reeleição: subiu em uma locomotiva, cumprimentou operários, posou para fotos, foi aplaudida e ganhou até elogios rasgados do governador tucano de Goiás, Marconi Perillo.
Em março de 2012, Dilma visitou Anápolis para verificar pessoalmente o andamento da ferrovia. Na época, balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previa a entrega do trecho Anápolis-Palmas para julho daquele ano. A obra custou no total R$ 4,2 bilhões aos cofres públicos federais.
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