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A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta segunda-feira (14) a indicação do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO), órgão que será criado para coordenar as obras necessárias para as Olimpíadas de 2016.

O anúncio foi feito pelo próprio Meirelles em entrevista no Palácio do Planalto. "Gostaria de anunciar que aceitei o convite da presidente Dilma para a presidência da Autoridade Pública Olímpica. O nome será enviado ao Senado que vai analisar e votar a indicação", disse.

O mandato de presidente da APO é de quatro anos, com possibilidade de recondução por mais quatro. A indicação de Meirelles ainda deverá ser ratificada pelo Senado. Ele terá um salário de R$ 22.100 e só perderá o cargo se renunciar, por condenação penal transitada em julgado ou por decisão definitiva ao fim de um processo administrativo disciplinar.

A Autoridade Pública Olímpica foi instituída por meio de uma Medida Provisória editada no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprovada pelo Congresso Nacional em 1º de março. A MP ainda deverá ser sancionada pela presidente Dilma.

O órgão contará com 171 funcionários comissionados e terá seu controle dividido entre o Conselho Público Olímpico, composto por representantes da presidente da República, do governador do Rio, do prefeito, e por Meirelles. O controle dos projetos e das licitações será do Conselho Público Olímpico. Caberá ao presidente da APO fiscalizar o uso desse dinheiro.

"A minha função é coordenar os esforços das três esferas do governo e assegurar que as Olimpíadas sejam o sucesso que o Brasil e o mundo inteiro espera. O evento será simbólico da capacidade do Brasil de fato ocupar esse novo espaço que tem no mundo", disse Meirelles.

Questionado sobre como lidaria com as pressões dos partidos por cargos no novo órgão, Meirelles afirmou que a escolha dos funcionários levará em conta qualificação técnica e competência."Essa questão de pressões políticas isso é normal, acontece em qualquer esfera de governo, mas eu tenho uma certa tradição e experiência nisso nos meus oito anos de Banco Central, em que pudemos administrar [distribuição de cargos] dentro de critérios rigorosos. Os profissionais têm que ser de qualificação técnica e de gestão de primeira linha", afirmou.

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