A presidente Dilma Rousseff chegou na tarde desta sexta-feira (17) na capital baiana para passar o feriado de Carnaval, mas não há previsão de que ela vá conferir a festa no circuito oficial. Dilma, que foi recebida pelo governador Jaques Wagner na Base Aérea de Salvador, chegou acompanhada apenas de familiares para descansar. A presença da presidente em território baiano após a greve da Polícia Militar, que ameaçava a realização da maior festa popular do estado, é vista por muitos como uma demonstração do prestígio político que Wagner teria junto ao Planalto.
A presidente ficará hospedada na Base Naval de Aratu, região metropolitana de Salvador, o mesmo local que escolheu para passar o réveillon e descansar por dez dias ao lado da filha, Paula, do neto, Gabriel, do genro, Rafael Covolo, e da mãe, Jane. Nesta sexta-feira, apesar do sol, ela não chegou a ir à Praia de Inema, privativa da Marinha.
A vinda de Dilma no Carnaval foi acertada com o governador Jaques Wagner durante a viagem que fizeram a Cuba, no início do mês. Embora a decisão da presidente tenha sido tomada antes de a greve da PM ganhar força, o secretário estadual de Turismo, Domingos Leonelli, identifica sua presença na Bahia como "valor simbólico grande para a política e o turismo".
"É um reconhecimento do papel estratégico desempenhado pelo governador, que com uma atuação firme e serena, enfrentou um processo que tinha desdobramento nacional, com possível repercussão no Carnaval do Rio de Janeiro", pontua Leonelli.
Para a indústria do turismo, que amargou prejuízos durante os nove dias de greve da PM, a estada da presidente em Aratu. É o que evidencia o secretário, para quem o carnaval na Bahia será "absolutamente tranquilo e em paz". O governo do estado investiu R$ 56 milhões no Carnaval e trabalha com a expectativa de atrair mais de 500 mil turistas nos oito dias de folia.
O presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, disse que para o Partido dos Trabalhadores da Bahia é "uma alegria" receber mais uma vez a presidente. "Ela é o símbolo do nosso projeto", ressaltou. "Sobretudo agora, quando comemoramos a nossa maior festa", disse ele.
Para o dirigente petista, não há dúvida de que o governador realizou um bom trabalho durante a greve da polícia e que este reconhecimento não é apenas de setores do governo.
O secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, prefere atribuir a vinda da presidente à Bahia à amizade que nutre com o governador. "A presidente quer descansar e sabe que tem um amigo aqui que vai respeitar isso", diz.
Para evitar nova surpresa - estava em Cuba quando a greve da PM estourou - ,Wagner não irá ao Rio no domingo para assistir ao desfile da Portela e da Imperatriz, que homenageiam a Bahia e o escritor Jorge Amado.
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode