A presidente Dilma Rousseff escalou alguns de seus principais ministros para formar uma espécie de “brigada anti-impeachment”. Eles estão sendo instruídos a trabalhar principalmente no Congresso Nacional para convencer os deputados e senadores a não levar adiante os planos de tirar a presidente do poder. As informações são da edição desta terça-feira do jornal Folha de S.Paulo .
De acordo com o jornal, há quatro ministros já trabalhando nesta função. E cada um tem atribuições particulares, dependendo de seu perfil. Veja quem são eles:
- Kátia Abreu: a ministra da Agricultura é a principal articuladora da presidente para tratar com a bancada ruralista. Não é à toa. A ministra, que é senadora pelo Tocantins, é um dos principais nomes da bancada, tendo sido eleita duas vezes presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Uma das vantagens de ter influência entre os ruralistas é que a bancada tem membros tanto no governo quanto na oposição.
- Gilberto Kassab: assim como Kátia Abreu, Kassab é um político que entrou no governo petista tardiamente. Ex-integrante do DEM, fundou o PSD para ser líder de um partido relevante. Hoje, está encarregado de conter as defecções em sua própria legenda e de retomar contato com integrantes de partidos da oposição, dos quais sempre foi próximo, como os tucanos (Kassab despontou nacionalmente como vice-prfeito de São Paulo na gestão de José Serra).
- Giles Azevedo: segundo a Folha, após a saída de Michel Temer da articulação, seria o principal auxiliar da presidente na área política. E ele quem agenda as reuniões entre líderes partidários e Dilma.
- Ricardo Berzoini: o ministro das Comunicações é tido como o responsável hoje por negociar cargos com os aliados.
Outros dois ministros que estariam atuando no mesmo sentido, mas “com mais limitações”, seriam o chefe da Comunicação no Planalto, Edinho Silva, e Antônio Carlos Rodrigues, dos Transportes.