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 | Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Administrar a maior cidade do país, ser colega de partido e ter sido ministro de seu governo. Nada disso basta para ser atendido ao telefone por Dilma Rousseff. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tenta, em vão, um contato com a presidente há mais de 90 dias.

A postura de Dilma diante do prefeito é citada no PT como exemplo da sua dificuldade para o diálogo político. De acordo com um aliado do prefeito, nas últimas semanas, Haddad, cansado das negativas de Dilma, até desistiu de ligar para o Planalto.

Em entrevista ao programa “Diálogos”, do jornalista Mario Sérgio Conti, na GloboNews, o prefeito reconheceu o problema para falar com a presidente, mas evitou mostrar contrariedade.

“Neste momento, é compreensível [não ser atendido]” disse o prefeito, na semana passada, se referindo ao processo de impeachment na Câmara.

Haddad foi ministro da Educação de Dilma no primeiro ano de seu mandato, em 2011. Antes, os dois haviam sido colegas no ministério do ex-presidente Lula.

Ao ser eleito prefeito de São Paulo, Haddad conseguiu que Dilma se comprometesse a investir R$ 8 bilhões na cidade por meio de obras do PAC. Mas a dificuldade para liberação dos recursos por causa da crise econômica gerou um cobrança pública por parte do prefeito e estremeceu a relação.

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