A presidente Dilma Rousseff evitou comentar o aparecimento do nome do ministro Jaques Wagner (Casa Civil) nas investigações da Operação Lava Jato . Questionada sobre o impacto das investigações de um ministro tão próximo a ela, Dilma não citou o nome de Wagner, disse que seu governo apoia todas as investigações, mas destacou que é preciso garantir o direito de defesa. “Eu tenho certeza que poucos governos tiveram uma relação tão clara, tão explícita na garantia das condições de investigações”, disse.
Conforme revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira (7) um conjunto de mensagens telefônicas de texto recolhidas pela Lava Jato revela a proximidade do empreiteiro Léo Pinheiro, da construtora OAS, com importantes nomes ligados, direta ou indiretamente, ao PT e ao governo da presidente Dilma Rousseff: Jaques Wagner, ministro da Casa Civil, Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, e Aldemir Bendine, presidente da Petrobras. Nenhum dos três é investigado na operação.
Dilma disse que todos podem ser investigados e afirmou que ela mesma já deve ter sido alvo de apurações. “Eu tenho clareza que devo ter sido virada do avesso. E tenho clareza também que podem continuar virando dos avessos. Sobre a minha conduta não paira nenhum embaçamento, nenhuma questão pouco clara”, afirmou, ressaltando que apoia “integralmente” o trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada