A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, negou nesta quarta-feira que as dores que a levaram a ser hospitalizada em meio a um tratamento preventivo contra câncer tenham relação com seu ritmo de trabalho, afirmando que elas foram causadas pela interrupção do uso de um medicamento.

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"Não deriva da forma de trabalho, deriva fundamentalmente do que a gente não espera. Cada um tem uma reação diferente a certos remédios, eu, se tirarem a cortisona de mim...", disse a ministra a jornalistas, ao deixar o hospital Sírio-Libanês, onde estava internada desde a madrugada de terça-feira.

Ela disse que se sentia bem, mas que sentiu fortes dores nas pernas na terça-feira. Relatou que tomou doses altas de cortisona entre sexta-feira e segunda-feira, após realizar sessão de quimioterapia na quinta. Admitiu pela primeira vez que usava uma "peruquinha básica" devido à queda de cabelo como causa do tratamento.

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Escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar a eleição que definirá seu sucessor no próximo ano, Dilma disse que teve na manhã anterior um "despacho básico" por telefone com o presidente, que se encontrava em viagem à China.

Questionada sobre o tratamento que alguns políticos deram a sua candidatura por conta da internação, a ministra foi dura.

"Eu acho de muito mau gosto misturar uma doença, que hoje é curável, com questões políticas e a própria população vai entender que isso não é adequado."

Ela evitou revelar quando retorna a Brasília e se ficaria em São Paulo.

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