A presidente Dilma Rousseff convidou nesta sexta-feira (27) o ex-tesoureiro de sua campanha à reeleição, o petista Edinho Silva, para ser o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Edinho se reuniu na manhã desta sexta com Dilma no Palácio do Planalto, onde aceitou o convite.
Ele substitui Thomas Traumann, que pediu demissão na última quarta-feira (25), após a repercussão do vazamento de texto interno da secretaria com críticas à comunicação do governo e ao PT.
Ex-deputado estadual pelo PT em São Paulo, Edinho atualmente estava dando aulas em uma faculdade particular.
Edinho recusou o convite argumentando que preferia se dedicar às aulas, mas, com a oferta de um cargo mais político, aceitou o convite de Dilma para compor o governo.
A posse nele na Secom está marcada para o dia 31 de março, às 11h.
Recebi convite para a Secom com muita alegria e responsabilidade, diz Edinho
O novo ministro afirmou ter recebido o convite para suceder Thomas Traumann “com muita alegria, mas com muita responsabilidade” e prometeu “honrar a confiança da presidente de Dilma para o cargo”, disse ele logo após deixar o Palácio do Planalto, em Brasília. “Não conversei nem com meus filhos ainda”, brincou.
Duas vezes seguidas prefeito de Araraquara (SP) (entre 2001 e 2008), deputado estadual (2010-2014) e presidente do PT no Estado de São Paulo, Edinho foi escolhido por Dilma para ser o coordenador financeiro da campanha da presidente à reeleição, no ano passado. Desistiu de ser candidato a deputado, federal ou estadual, para assumir a tesouraria da campanha.
Diferentemente de Traumann, que é jornalista, Edinho é sociólogo pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e tem mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Dentro do PT é tratado como um articulador mais moderado, mas crítico, e conhecido pelo bom trânsito com o setor empresarial.
Apesar de ser cotado para a Secom desde o ano passado, Edinho chegou a ser sondado para ser o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), cujo cargo está vago desde fevereiro com a saída do general Fernando Azevedo e Silva. Edinho pediu ao governo, porém, para não enviar seu nome para ser aprovado no Senado Federal por temer rejeição na votação, que é secreta.
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