Preocupada com a rebelião na base aliada, a presidente Dilma Rousseff cobrou agilidade dos ministros no atendimento de deputados e senadores e na liberação de emendas parlamentares. Até o fim do mês o governo empenhará emendas para obras no valor de R$ 1 bilhão e na semana que vem sairão outros R$ 150 milhões da rubrica "restos a pagar".

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"Nós precisamos governar", disse o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. "A recomendação é para que os ministros abram espaço na agenda e deem atenção aos parlamentares. Vamos fazer nosso papel de cultivar a relação."

Carvalho participou da conversa entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite de quarta-feira, em São Paulo. Não quis, porém, comentar o teor da reunião, que também contou com a presença do ex-ministro Luiz Dulci.

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A reportagem apurou que Lula aconselhou Dilma a não comprar briga com o PMDB do vice Michel Temer e a promover a "repactuação" com os aliados para evitar uma crise de governabilidade. Insatisfeitos com ações que passam pela operação da Polícia Federal no Ministério do Turismo, a faxina nos Transportes, o atraso nas nomeações e na liberação de recursos do Orçamento, governistas de vários partidos chegaram a obstruir votações de ontem na Câmara.

Dilma vai marcar nova rodada de conversa com o PMDB, injuriado depois da devassa no Ministério do Turismo, comandado pelo partido. A ação da PF resultou na prisão de 35 pessoas, entre elas o secretário executivo do ministério, Frederico Silva Costa o ex-deputado Colbert Martins, do PMDB baiano, e o ex-presidente da Embratur Mário Moysés, que trabalhou com a senadora Marta Suplicy (PT-SP).

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