Descansando na Base Naval de Aratu, na Praia de Inema, em Salvador, desde a sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff aproveitou a primeira manhã ensolarada na região desde que chegou para fazer ontem um passeio pela Baía de Todos os Santos. Enquanto isso, os dois principais concorrentes da petista na eleição de outubro, aproveitaram os holofotes para atacar a gestão do PT.
Dilma passeou na lancha Amazônia Azul, da Marinha, acompanhada por familiares. De boné branco e óculos escuros, ela deixou a base por volta das 7h30 de ontem, na direção das ilhas mais desertas da baía, e foi vista retornando à área militar às 13 horas. Apesar de não haver confirmação oficial, a presidente Dilma deve permanecer em Salvador até hoje.
Críticas
No primeiro dia de desfiles no sambódromo do Rio, o pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), atacou o governo Dilma, criticando o atraso na entrega de obras de infraestrutura para a Copa do Mundo. "No campo, o Brasil tem tudo para ganhar a Copa. Na infraestrutura, está um fracasso, porque 23% das obras não devem ficar prontas por incompetência do governo", afirmou. Parte das obras, porém, é de responsabilidade de governos estaduais e prefeituras.
O senador também criticou a resposta do governo às manifestações de rua. "O governo reagiu mal desde o início, quando propôs algo incompreensível, como uma Constituinte exclusiva e uma reforma política que não tinha consenso nem mesmo dentro do partido. De tudo o que foi defendido nas ruas, não assistimos a nada", alfinetou. Ele defendeu os protestos, mas afirmou que é preciso aprimorar o policiamento. "Acho que as manifestações têm de ser permitidas, e a violência, coibida. A polícia tem que ser mais bem preparada."
Já o presidenciável Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, fez críticas ao governo federal e à "velha política", sem citar nomes nem partidos. No segundo dia de seu périplo carnavalesco pelo interior do estado, Campos disse que o povo quer "aposentar um bocado de raposas que está assaltando o sonho" dos brasileiros. "O Brasil não quer mais ver aquele pacto político velho, mofado, carcomido do interesse da população. O Brasil deseja a renovação da política, deseja aposentar um bocado de raposa que hoje está assaltando o sonho do povo brasileiro, está barrando as mudanças que todos nós ajudamos a ver", afirmou.
Polícia isola prédio do STF após explosão de artefatos na Praça dos Três Poderes
Congresso reage e articula para esvaziar PEC de Lula para segurança pública
Lula tenta conter implosão do governo em meio ao embate sobre corte de gastos
A novela do corte de gastos e a crise no governo Lula; ouça o podcast